Minuta Zero da Rio+20
Documento passará por
revisão no fim deste mês, em Nova York. Texto orienta delegações que
participarão dos debates na cidade a partir de 13 de junho
Márcia Régis, do Rio de Janeiro
O documento
que serve de base para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, foi liberado para consulta pública em janeiro deste ano,
o documento receberá ajustes no final de março durante a 3ª Reunião
Interseccional da Rio+20, na sede da ONU em Nova York. Seguirá em revisão nos
países até a terceira e última conferência preparatória para a reunião dos
Chefes de Estado no Riocentro, em junho.
Entenda os principais pontos da Minuta Zero:
Criação de taxa sobre transações no mercado financeiro internacional
Entenda os principais pontos da Minuta Zero:
Criação de taxa sobre transações no mercado financeiro internacional
A proposta defendida pela Alemanha atrela a aplicação dos recursos obtidos em programas de proteção socioambiental e de combate ao aquecimento global.
Criação de um painel técnico-científico global sobre desenvolvimento sustentável
Seria um organismo de caráter permanente, amplo, com atribuições iniciais de orientar e apoiar os processos de desenvolvimento e adoção global de métricas econômicas de progresso além do PIB. Outra atribuição desse painel seria o estabelecimento e a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Três novas convenções internacionais
São elas: Direito à Informação Ambiental e Acesso à Justiça, Responsabilidade Social e Accountability de Empresas Multinacionais e Aplicação do Princípio da Precaução (estabelecendo diretrizes sobre áreas como bioengenharia, nanotecnologia, geoengenharia, tecnologia da informação e comunicação, etc.).
Produção e Consumo Sustentáveis
Trata-se de
discutir as diretrizes e propostas de ação capazes de fomentar empregos verdes.
A proposta é a realização de uma análise regional e setorial focada nos
empregos que serão perdidos em tempos de crise e conseqüência dos desastres
causados pelo aquecimento global. Também está em pauta a formulação de
estratégias para criação e ocupação de empregos e meios de vida compatíveis com
o desenvolvimento sustentável. A discussão incluirá ainda a formulação de
ferramentas para “compras públicas sustentáveis” – o que significa definir os
meios para utilização do poder indutor do estado como comprador e investidor a
favor de produtos e serviços favoráveis ao desenvolvimento sustentável.
Significa também a adoção de políticas e instrumentos econômicos para mensurar
integralmente os custos dos produtos e serviços em todo seu ciclo de vida –
estratégia que poderá mitigar o impacto do descarte de produtos, lixo excessivo
e poluição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário