Física de partículas
Neutrinos não são mais
rápidos que a luz, confirma novo experimento
Cálculo anterior estava errado; velocidade dos
neutrinos não desafia Teoria da Relatividade de Einstein
O Icarus, novo experimento realizado
no Laboratório Nacional de Gran Sasso, na Itália, confirmou que os neutrinos
realmente não são mais rápidos do que a luz, segundo comunicado do Centro
Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern). A nova medição do tempo de voo de
neutrinos desmente a medida inicial relatada pelo experimento Opera, do mesmo
laboratório, realizado em setembro de 2011.
O Opera abalou o mundo da física ao
desafiar um dos pilares da Teoria da Relatividade, proposta pelo físico Albert
Einstein no início do século XX. O experimento chegou à conclusão de que
neutrinos gerados na Suíça teriam percorrido a distância de 732 quilômetros
pela crosta terrestre até a Itália a uma velocidade 60 bilionésimos de segundo
mais rápida do que raios de luz, algo impossível pelas teorias vigentes, já que
a velocidade da luz é considerada o limite máximo de velocidade do universo.
Em fevereiro deste ano, “fontes familiarizadas com o experimento” declararam que os cálculos feitos pelo Opera poderiam estar errados. A diferença de 60 nanossegundos teria vindo de um mau contato entre uma placa de computador e um cabo de fibra ótica que conecta o receptor de GPS usado para corrigir o tempo de viagem dos neutrinos.
Para comprovar tal teoria, os cientistas apostaram no experimento Iacrus, em que uma nova medição da velocidade dos neutrinos foi realizada em jornada igual ao do teste anterior, entre o laboratório italiano e o Cern, na Suíça, distantes 732 quilômetros entre si. Os resultados mostraram um tempo de voo equivalente à velocidade da luz, e não maior, como sugeria o experimento Opera.
Em fevereiro deste ano, “fontes familiarizadas com o experimento” declararam que os cálculos feitos pelo Opera poderiam estar errados. A diferença de 60 nanossegundos teria vindo de um mau contato entre uma placa de computador e um cabo de fibra ótica que conecta o receptor de GPS usado para corrigir o tempo de viagem dos neutrinos.
Para comprovar tal teoria, os cientistas apostaram no experimento Iacrus, em que uma nova medição da velocidade dos neutrinos foi realizada em jornada igual ao do teste anterior, entre o laboratório italiano e o Cern, na Suíça, distantes 732 quilômetros entre si. Os resultados mostraram um tempo de voo equivalente à velocidade da luz, e não maior, como sugeria o experimento Opera.
"Essa descoberta indica que os
neutrinos não excederam a velocidade da luz", informou o Cern em um
comunicado divulgado à imprensa. Segundo Sergio Bertolucci, diretor do centro
europeu, outras verificações estão sendo feitas, inclusive novos experimentos
com feixes de partículas em maio, a fim de dar um veredicto final.
(Com Agence France-Presse)
(Com Agence France-Presse)
Saiba mais
O
que é um neutrino?
Neutrinos
são partículas subatômicas (como o elétron e o próton), sem carga elétrica
(como o nêutron), muito pequenas e ainda pouco conhecidas. São gerados em
grandes eventos cósmicos, como a explosão de supernovas, em reações nucleares
no interior do Sol e também por aceleradores de partículas. Viajam perto da
velocidade da luz e conseguem atravessar a matéria praticamente sem interagir
com ela. Como não possuem carga, não são afetados pela força eletromagnética.
Existem três "sabores" de neutrinos: o neutrino do múon, o neutrino
do tau e o do elétron.
Por que um corpo com massa não é
capaz de atingir a velocidade da luz?
De acordo com as equações da Teoria
da Relatividade, quanto mais um corpo se aproxima da velocidade da luz, mais
energia é necessária para que ele continue ganhando velocidade. Essa energia
teria que ser infinita — uma quantidade maior, por exemplo, do que a existente
no universo — para que esse corpo fosse acelerado até a velocidade da luz.
Entenda
o experimento Opera
Os
pesquisadores enviaram neutrinos, um tipo de partícula subatômica, dos
laboratórios do CERN, na Suíça, para outras instalações a 732 quilômetros em
Gran Sasso, na Itália, e descobriram que elas chegaram 60 bilionésimos de
segundo antes da luz. A equipe fez a medição 16.000 vezes e chegou a um nível
estatístico que a ciência aceita como descoberta formal.
O
Opera abalou o mundo da física ao desafiar um dos pilares da Teoria da
Relatividade, proposta pelo físico Albert Einstein no início do século XX. O
experimento chegou à conclusão de que neutrinos gerados na Suíça teriam
percorrido a distância de 732 quilômetros pela crosta terrestre até a Itália a
uma velocidade 60 bilionésimos de segundo mais rápida do que raios de luz, algo
impossível pelas teorias vigentes, já que a velocidade da luz é considerada o
limite máximo de velocidade do universo.
Em fevereiro deste ano, “fontes familiarizadas com o experimento” declararam que os cálculos feitos pelo Opera poderiam estar errados. A diferença de 60 nanossegundos teria vindo de um mau contato entre uma placa de computador e um cabo de fibra ótica que conecta o receptor de GPS usado para corrigir o tempo de viagem dos neutrinos.
Em fevereiro deste ano, “fontes familiarizadas com o experimento” declararam que os cálculos feitos pelo Opera poderiam estar errados. A diferença de 60 nanossegundos teria vindo de um mau contato entre uma placa de computador e um cabo de fibra ótica que conecta o receptor de GPS usado para corrigir o tempo de viagem dos neutrinos.
Para
comprovar tal teoria, os cientistas apostaram no experimento Iacrus, em que uma
nova medição da velocidade dos neutrinos foi realizada em jornada igual ao do
teste anterior, entre o laboratório italiano e o Cern, na Suíça, distantes 732
quilômetros entre si. Os resultados mostraram um tempo de voo equivalente à
velocidade da luz, e não maior, como sugeria o experimento Opera.
"Essa
descoberta indica que os neutrinos não excederam a velocidade da luz",
informou o Cern em um comunicado divulgado à imprensa. Segundo Sergio
Bertolucci, diretor do centro europeu, outras verificações estão sendo feitas,
inclusive novos experimentos com feixes de partículas em maio, a fim de dar um
veredicto final.
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