quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Condenado por falar a verdade

No País de Mentira, falar a verdade pode condenar um cidadão à morte social e até a morte física. O Nacional Socialismo Latino está acabando com o que restava do estado democrático de direito, recuperado após a ditadura militar.Vivemos atualmente uma ditadura nazi-fascista ou , se preferem, uma democracia tupiniquim/cucaracha.Lembrem-se: o Nazismo e o Fascismo tiveram grande apoio e aprovação da população na Itália e na Alemanha, até que os seus líderes caíram.Depois da ilusão veio a realidade cruel.

O caseiro Francenildo: “Só porque eu disse a verdade, vou ser prejudicado pelo resto da vida”


Amigos, vejam só: até hoje o caseiro Francenildo, exemplo de retidão do brasileiro médio, não recebeu um centavo de indenização da Caixa Econômica Federal pela quebra ilegal de seu sigilo bancário, em 2005. A Caixa foi condenada, mas, claro, recorreu para empurrar o caso com a barriga e o processo dorme numa gaveta da Justiça.
Enquanto isso, o rapaz continua pobre e vivendo de bicos.

A reportagem é do site do Estadão:
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BRASÍLIA – No Dia Internacional de Combate à Corrupção, comemorado neste dia 9 de dezembro, o ex-caseiro que denunciou o ex-ministro Antonio Palocci faz um desabafo em entrevista exclusiva ao estadao.com.br. Francenildo Santos Costa reclama da dificuldade que tem tido para arrumar emprego fixo nestes últimos cinco anos e meio depois que contou ter visto o ex-ministro por diversas vezes na chamada “casa do lobby” em Brasília.
“Só porque falei a verdade eu vou ser prejudicado pelo resto da vida?”
Francenildo vive de bicos como jardineiro e limpezas de piscina. Não conseguiu nenhum emprego com carteira assinada depois que teve a coragem de enfrentar um dos homens mais poderosos da República. Ele afirma que possíveis empregadores ficam com receio diante de sua fama, mas não se arrepende de ter falado a verdade.
“Ainda bem que tem a imprensa”
Para o ex-caseiro, combater a corrupção passa por falar a verdade e não mudar a versão, diz ele fazendo referência aos escândalos mais recentes. Ele acredita que a corrupção sempre existiu. “Ainda bem que tem a imprensa para denunciar.”
Aconselhado pelo advogado, Wlicio Nascimento, retomou os estudos. Ele Francenildo só tinha a 4ª série quando ganhou notoriedade e deve concluir o segundo grau no próximo ano. Para ele, esta foi a parte boa de ter feito a denúncia, ter recebido incentivo para evoluir.
Sobre o ex-ministro Palocci, que perdeu outro cargo neste ano sob suspeita de corrupção, prefere nem falar: “O que ele (Palocci) faz não me interessa, meu problema é com a Justiça.”
Conta que acompanhou o julgamento que absolveu Palocci no Supremo Tribunal Federal (STF) porque espera que alguém seja punido no episódio. O processo continua em andamento contra outros envolvidos, como o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso.
Reparação
Francenildo aguarda a conclusão de um processo em que pede indenização por seu sigilo bancário ter sido violado. Na primeira instância, a Caixa Econômica Federal foi condenada a indenizá-lo em R$ 500 mil. O banco público recorreu e o processo está paralisado no Tribunal Regional Federal da 1ª região, em Brasília.
Enquanto a reparação não sai, procura manter a discrição.
A pedido da mulher, não recebe mais jornalistas em sua casa em São Sebastião, na cidade satélite de Brasília. Conversa apenas no escritório do advogado, no Lago Sul, bairro nobre da capital.
Recusou convite para entrar na política e procura dedicar sua energia para a filha nascida no ano passado e espera no futuro poder dar uma vida melhor para a família. No dia a dia, procura seguir o que fez no caso Palocci, falar a verdade.
Veja o vídeo com a entrevista de Francenildo ao Estadão neste link

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