ASTRONOMIA
CIENTISTAS NÃO ENCONTRAM MATÉRIA ESCURA NO ENTORNO DO SOL
Telescópio não identifica rastros do misterioso elemento
que formaria 23% do universo e ajudaria a explicar por que as galáxias giram
tão rápido
Cientistas esperavam encontrar a matéria escura na
vizinhança do Sistema Solar e foram surpreendidos. "Ela não está lá",
dizem. (iStockphoto/ThinkStock)
Um estudo sobre os movimentos das estrelas na Via Láctea
revelou uma misteriosa falta de matéria escura na vizinhança do Sol. A pesquisa
foi divulgada por cientistas do ESO (Observatório Europeu do Sul). O trabalho
será publicado na próxima edição do periódico The Astrophysical Journal.
De acordo com a teoria mais aceita, as redondezas do Sol deveriam ser ocupadas por matéria escura, uma substância invisível e misteriosa que só pode ser detectada indiretamente, pela força gravitacional que exerce.
Saiba mais
MATÉRIA ESCURA
Quando os cientistas observam a forma com que estrelas e as galáxias se movem, há algo inusitado. Segundo as leis da física, as estrelas, planetas e corpos de uma galáxia deveriam se movimentar mais lentamente à medida em que se afastam do centro dela. Mas isso não acontece na prática.
Para que as equações da física façam sentido, é preciso que
exista alguma força empurrando o amontoado de poeira, gás, estrelas e planetas
da periferia das galáxias em velocidades semelhantes a de corpos que estão mais
próximos do núcleo.
Essa força adicional compensaria a previsão física de que
quanto mais longe do centro de uma galáxia mais lento é o movimento dos corpos.
Essa força adicional, dizem os físicos, é a gravidade de uma manifestação da
natureza que possui massa, mas não emite qualquer tipo de luz — ou radiação —
que o homem consiga medir diretamente. É a matéria escura.
Contudo, o novo estudo, realizado em La Silla, Chile, não
encontrou qualquer prova da presença de matéria escura em uma área
relativamente grande do entorno do Sol. Os astrônomos mapearam os movimentos de
mais de 400 estrelas situadas até 13.000 anos-luz da estrela.
A partir dos dados captados, os especialistas calcularam a massa da matéria na vizinhança solar, em um volume quatro vezes maior do que antes estimado. A quantidade de massa corresponde às estrelas, poeira e gás nas vizinhanças do Sol.
Porém, os cientistas não encontraram qualquer vestígio da matéria escura. "Nossos cálculos mostram que ela claramente resultaria de nossas medições — mas ela não está lá!", afirmou o responsável da equipe, Christian Moni Bidin, da Universidade de Concepción, no Chile.
Matéria escura — Os cientistas acreditam que 23% da massa do universo é composta pela misteriosa matéria escura. Sua natureza, no entanto, continua desconhecida. Sua existência ajudaria a explicar por que partes externas das galáxias teriam uma velocidade de rotação tão grande.
"Mesmo que a matéria escura não exista nas redondezas do Sistema Solar, a Via Láctea deve certamente girar muito mais rápido do que podemos explicar apenas com a matéria visível", afirmou Bidin. "Uma nova explicação para o problema da massa faltante deve ser encontrada."
Os novos resultados significam também que as tentativas de detectar de forma direta as partículas de matéria escura na Terra, correm grande risco de não dar em nada, segundo o ESO.
A partir dos dados captados, os especialistas calcularam a massa da matéria na vizinhança solar, em um volume quatro vezes maior do que antes estimado. A quantidade de massa corresponde às estrelas, poeira e gás nas vizinhanças do Sol.
Porém, os cientistas não encontraram qualquer vestígio da matéria escura. "Nossos cálculos mostram que ela claramente resultaria de nossas medições — mas ela não está lá!", afirmou o responsável da equipe, Christian Moni Bidin, da Universidade de Concepción, no Chile.
Matéria escura — Os cientistas acreditam que 23% da massa do universo é composta pela misteriosa matéria escura. Sua natureza, no entanto, continua desconhecida. Sua existência ajudaria a explicar por que partes externas das galáxias teriam uma velocidade de rotação tão grande.
"Mesmo que a matéria escura não exista nas redondezas do Sistema Solar, a Via Láctea deve certamente girar muito mais rápido do que podemos explicar apenas com a matéria visível", afirmou Bidin. "Uma nova explicação para o problema da massa faltante deve ser encontrada."
Os novos resultados significam também que as tentativas de detectar de forma direta as partículas de matéria escura na Terra, correm grande risco de não dar em nada, segundo o ESO.
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