Querem
implantar no Brasil uma espécie de apartheid entre brancos e negros.
Usam a cor da pele para privilegiar um grupo populacional sem base legal
ou científica. A Constituição Federal no seu artigo 5º assegura a
igualdade entre todos os brasileiros.Cabe
ao Supremo Tribunal Federal invalidar a única lei racial da
República.Uma excrescência introduzida por racialistas de plantão no
imaginário popular através de ONGs e movimentos que tungam o dinheiro
público para promover a desigualdade entre os iguais.
Veja a reportagem abaixo:
A importância do mito da democracia racial no Brasil
A força da lenda fez com que jamais se tolerasse neste país qualquer tipo de limitação de direitos baseado na cor da pele.
Por Roberta Fragoso Kaufmann
Ainda que se discorde tanto da existência da democracia racial, como
do homem cordial no Brasil, não se pode negar a importância da fixação
desses mitos. A importância do mito da democracia racial no Brasil tem
valor à medida que serve para fixar a expectativa de conduta a ser
seguida pelo homem médio que compõe a sociedade. O mito, então, funciona
como um desejo da sociedade sobre algo a ser concretizado, e não
simplesmente como uma mentira.
No Brasil, diferentemente do que aconteceu em outros países
racialistas, a força do mito da democracia racial fez com que jamais se
tolerasse neste país qualquer tipo de limitação de direitos baseado na
cor da pele. Não há qualquer proibição de que os negros dividam com os
brancos a vizinhança em prédios luxuosos ou, então, que compartilhem da
pobreza nas favelas. Essa, talvez, seja uma das funções do mito:
incentivar, no imaginário social, a intolerância geral à discriminação.
Manifestações isoladas de preconceito e de discriminação, por outro
lado, sempre existirão, em qualquer sociedade, porque não se pode
dominar a esfera do pensamento individual. Mas as leis e os costumes
sociais no Brasil já agem incessantemente para impedir que o preconceito
se propague e se transforme em discriminação ou racismo. O mito serve
como freio na conduta humana, fixando o paradigma do comportamento que
se espera do homem médio e o modelo da atitude e das reações que devem
ser tomadas e seguidas.
Desse modo, atribuir toda a culpa das desigualdades sociais sofridas
pelo negro ao preconceito e à discriminação é uma redução simplista do
problema. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação no país
não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e
miscigenada, na qual os valores nacionais em grande parte se identificam
com os valores da comunidade negra. E, sobretudo, não serviram de
impedimento para que muitos pardos e pretos conseguissem alcançar postos
de destaque nos mais amplos espectros sociais, como na política, na
magistratura, na universidade, nos esportes e nas artes. Não é à toa que
já tivemos o nosso primeiro presidente negro no Brasil, Nilo Peçanha,
no ano de 1909, exatos cem anos antes da eleição do Barack Obama.
Cultura da miscigenação
No Brasil, a existência de valores nacionais, comuns a todas as cores
parece quebrar o estigma da classificação racial maniqueísta.
Encontram-se elementos da cultura africana em praticamente todos os
ícones do orgulho nacional, seja na identidade que o brasileiro possui,
seja na imagem do país difundida no exterior, como samba, carnaval,
futebol, capoeira, pagode, chorinho, mulata e molejo. Por não ter
havido a separação das pessoas por causa da cor, foi possível criar um
sentimento de nação que não distingue a cultura própria dos brancos da
cultura dos negros. A unidade do Brasil não depende da pureza das raças,
mas antes da lealdade de todas elas a certos valores essencialmente
brasileiros, de importância comum a todos.
Assim, o problema da relativa falta de integração do negro às camadas
sociais mais elevadas pode ser resolvido no Brasil sem que desperte
manifestações de ódio racial extremado ou violento. Isso somente se
torna possível porque, no âmbito social, a nossa comunidade foi capaz de
se desenvolver a partir da interpenetração das culturas as mais
diversas e, na esfera biológica, houve uma forte miscigenação entre os
grupos de todas as cores. Tentar implementar ações afirmativas em que a
raça seja o único critério levado em consideração poderá, de alguma
forma, afetar esse relativo equilíbrio existente no Brasil e, em vez de
promover a inserção dos negros, criar esferas sociais apartadas,
daqueles que são/foram beneficiados pelas medidas e dos que não são/não
foram.
Cotas raciais: Brasil vs. EUA
Não podemos incidir no erro de querer mitigar as diferenças entre o
Brasil e os Estados Unidos. Muitos autores que escreveram sobre as ações
afirmativas procuram destacar que as diferenças entre os países residem
tão-somente na forma de encarar o problema: os Estados Unidos fizeram a
opção por não usar de subterfúgios, atacando diretamente a questão,
enquanto que, no Brasil, aparentemente não se discute o tema e,
portanto, se difunde a ideia de que vivemos em um paraíso racial.
O raciocínio realizado é sofístico e válido apenas superficialmente.
As diferenças existem, são muitas, e por isso ensejam formas diferentes
de encarar a realidade. O fato de em ambos existir preconceito e
discriminação não significa que a origem do preconceito esteja no mesmo
fato: a ancestralidade africana. No Brasil, muitas vezes a ascendência
africana pode ser suavizada, outras vezes esquecida, seja por questões
econômicas — a assertiva de que no Brasil negro rico vira branco e pobre
branco vira negro — seja pelo fenótipo apresentado — a chamada válvula
de escape do mulato.
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