quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um novo apartheid?

O Brasil é um país mestiço. Única experiência de mistura de várias populações em todo o mundo.Os adeptos da ideologia AFRO querem empurrar de goela abaixo seus traumas, fobias e sua incapacidade de perceber que não existem raças, todavia,populações que possuem cor da pele diferentes além de outros traços físicos.
Como diria o antropólogo Darci Ribeiro “Somos uma experiência única no mundo”.Em junho de 2010,os ideólogos racistas pressionaram e conseguiram aprovar- em rito sumário - a primeira lei racial da história do Brasil.Um novo apartheid?
Querem implantar no Brasil uma espécie de apartheid entre brancos e negros. Usam a cor da pele para privilegiar um grupo populacional sem base legal ou científica. A Constituição Federal no seu artigo 5º assegura a igualdade entre todos os brasileiros.Cabe ao Supremo Tribunal Federal invalidar a única lei racial da República.Uma excrescência introduzida por racialistas de plantão no imaginário popular através de ONGs e movimentos que tungam o dinheiro público para promover a desigualdade entre os iguais.
Veja a reportagem abaixo:

A importância do mito da democracia racial no Brasil


A força da lenda fez com que jamais se tolerasse neste país qualquer tipo de limitação de direitos baseado na cor da pele.

Por Roberta Fragoso Kaufmann

Ainda que se discorde tanto da existência da democracia racial, como do homem cordial no Brasil, não se pode negar a importância da fixação desses mitos. A importância do mito da democracia racial no Brasil tem valor à medida que serve  para fixar a expectativa de conduta a ser seguida pelo homem médio que compõe a sociedade. O mito, então, funciona como um desejo da sociedade sobre algo a ser concretizado, e não simplesmente como uma mentira.

No Brasil, diferentemente do que aconteceu em outros países racialistas, a força do mito da democracia racial fez com que jamais se tolerasse neste país qualquer tipo de limitação de direitos baseado na cor da pele. Não há qualquer proibição de que os negros dividam com os brancos a vizinhança em prédios luxuosos ou, então, que compartilhem da pobreza nas favelas. Essa, talvez, seja uma das funções do mito: incentivar, no imaginário social, a intolerância geral à discriminação.

Manifestações isoladas de preconceito e de discriminação, por outro lado, sempre existirão, em qualquer sociedade, porque não se pode dominar a esfera do pensamento individual. Mas as leis e os costumes sociais no Brasil já agem incessantemente para impedir que o preconceito se propague e se transforme em discriminação ou racismo. O mito serve como freio na conduta humana, fixando o paradigma do comportamento que se espera do homem médio e o modelo da atitude e das reações que devem ser tomadas e seguidas.

Desse modo, atribuir toda a culpa das desigualdades sociais sofridas pelo negro ao preconceito e à discriminação é uma redução simplista do problema. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação no país não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada, na qual os valores nacionais em grande parte se identificam com os valores da comunidade negra. E, sobretudo, não serviram de impedimento para que muitos pardos e pretos conseguissem alcançar postos de destaque nos mais amplos espectros sociais, como na política, na magistratura, na universidade, nos esportes e nas artes. Não é à toa que já tivemos o nosso primeiro presidente negro no Brasil, Nilo Peçanha, no ano de 1909, exatos cem anos antes da eleição do Barack Obama.

Cultura da miscigenação

No Brasil, a existência de valores nacionais, comuns a todas as cores parece quebrar o estigma da classificação racial maniqueísta. Encontram-se elementos da cultura africana em praticamente todos os ícones do orgulho nacional, seja na identidade que o brasileiro possui, seja na imagem do país difundida no exterior, como samba, carnaval, futebol, capoeira, pagode, chorinho, mulata e molejo.  Por não ter havido a separação das pessoas por causa da cor, foi possível criar um sentimento de nação que não distingue a cultura própria dos brancos da cultura dos negros. A unidade do Brasil não depende da pureza das raças, mas antes da lealdade de todas elas a certos valores essencialmente brasileiros, de importância comum a todos.

Assim, o problema da relativa falta de integração do negro às camadas sociais mais elevadas pode ser resolvido no Brasil sem que desperte manifestações de ódio racial extremado ou violento. Isso somente se torna possível porque, no âmbito social, a nossa comunidade foi capaz de se desenvolver a partir da interpenetração das culturas as mais diversas e, na esfera biológica, houve uma forte miscigenação entre os grupos de todas as cores. Tentar implementar ações afirmativas em que a raça seja o único critério levado em consideração poderá, de alguma forma, afetar esse relativo equilíbrio existente no Brasil e, em vez de promover a inserção dos negros, criar esferas sociais apartadas, daqueles que são/foram beneficiados pelas medidas e dos que não são/não foram.

Cotas raciais: Brasil vs. EUA

Não podemos incidir no erro de querer mitigar as diferenças entre o Brasil e os Estados Unidos. Muitos autores que escreveram sobre as ações afirmativas procuram destacar que as diferenças entre os países residem tão-somente na forma de encarar o problema: os Estados Unidos fizeram a opção por não usar de subterfúgios, atacando diretamente a questão, enquanto que, no Brasil, aparentemente não se discute o tema e, portanto, se difunde a ideia de que vivemos em um paraíso racial.

O raciocínio realizado é sofístico e válido apenas superficialmente. As diferenças existem, são muitas, e por isso ensejam formas diferentes de encarar a realidade. O fato de em ambos existir preconceito e discriminação não significa que a origem do preconceito esteja no mesmo fato: a ancestralidade africana. No Brasil, muitas vezes a ascendência africana pode ser suavizada, outras vezes esquecida, seja por questões econômicas — a assertiva de que no Brasil negro rico vira branco e pobre branco vira negro — seja pelo fenótipo apresentado — a chamada válvula de escape do mulato.

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