Um vídeo interessante sobre os eventos extremos climáticos que provocaram extinções dos seres vivos na Terra ao longo do tempo geológico. Atualmente, algumas alterações nas correntes maritimas e na circulação atmosférica apontam para mudanças bruscas no clima em todo o mundo. As nações se reunem em busca de soluções para minimizar o aumento da temperatura no globo, entretanto, nada de concreto está sendo feito para solução do problema.
As grandes extinções - Vídeo - VEJA.com
Geografia,Economia, Meio Ambiente, Geologia, História,Filosofia, Ciências, Literatura, Geopolítica.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
O EXAGERO BRASILEIRO
O
Reino Brasil Maravilha supera todos os reinos e impérios que já
existiram. E,não espalha, do total dos 23.579 cargos de confiança, há 2.157
cargos que ainda estão vagos.Vejam bem! A base alugada, também conhecida como
base aliada, não pode saber disso!!!
Os donatários das capitanias hereditárias do governo passado e do atual governo, entenda-se Ministérios= capitanias, estão se revezando nos cargos quando a imprensa livre denuncia a corrupção no Reino da Soberana, OU no Reino da Mãe e do Pai do PAC (Programa de Aceleração da Corrupção).Entretanto, apesar de toda luta travada para debelar o mal,a corrupção continua em ritmo acelerado corroendo os cofres públicos, violentando o direitos da população sob o beneplácito da dupla que governa o país.
Os donatários das capitanias hereditárias do governo passado e do atual governo, entenda-se Ministérios= capitanias, estão se revezando nos cargos quando a imprensa livre denuncia a corrupção no Reino da Soberana, OU no Reino da Mãe e do Pai do PAC (Programa de Aceleração da Corrupção).Entretanto, apesar de toda luta travada para debelar o mal,a corrupção continua em ritmo acelerado corroendo os cofres públicos, violentando o direitos da população sob o beneplácito da dupla que governa o país.
Brasil tem 23 579 cargos de confiança - o triplo dos EUA
Posto independe de concurso e pode ser usado conforme o interesse político
Haja gente em quem confiar. Segundo levantamento do Ministério do Planejamento, requisitado pelo deputado José Antônio Reguffe (PDT-DF) e obtido por VEJA, que traz reportagem sobre o loteamento do estado em sua edição desta semana, há 23 579 cargos de confiança no governo federal. É quase três vezes o total de postos equivalentes nos Estados Unidos. E quase oitenta vezes o número da Inglaterra.
Cargos de confiança independem de concursos públicos e podem ser
preenchidos livremente, conforme os interesses políticos. Eles são a
chave do aparelhamento do estado.
O levantamento aponta que 2 157 dos 23 579 postos estão vagos - o que equivale a 9%. Deixa só a base aliada saber disso.
www.veja.com.br
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Os dois "Brasis"
Censo 2010
IBGE mostra a persistência de dois "Brasis"
Taxa de
analfabetismo cai, mas é superior a 25% em 1.310 municípios. Proporção de
pessoas pardas ou negras que não sabe ler caiu pela metade desde 1991, mas é o
dobro da registrada entre brancos
Lucila Soares e Rafael Lemos
Moradora do
Morro dos Macacos, na Vila Isabel (Apu Gomes/Folhapress)
Um país urbano, com taxas de crescimento
populacional próximas das nações desenvolvidas, avanços sociais notáveis e
desigualdades flagrantes, que mantêm atual a idéia da coexistência de dois
"Brasis". Este é o Brasil retratado pelo Censo Demográfico de 2010,
que teve mais uma etapa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O conjunto de informações divulgado
consolida as características da população e dos domicílios
brasileiros levantadas em visitas a 67,5 milhões de domicílios, nos 5.565
municípios das 27 unidades da federação.
A
taxa de analfabetismo é um dos indicadores em que a existência de dois Brasis
se revela com mais vigor. Entre 2000 e 2010, o número de analfabetos com 15
anos de idade ou mais recuou de 13,63% para 9,6%. Mas as diferenças regionais
são gritantes, e nas cidades pequenas, de até 50 mil
habitantes, a situação é de calamidade educacional. No
Nordeste, a taxa dessas cidades chega a 28%. Em todo o Brasil, existem 1.304 municípios
com taxas de analfabetismo iguais ou superiores a 25%. Entre as
crianças de 10 anos de idade, a proporção caiu de 11,4% para 6,5% na média
brasileira, mas chega a 16,4% no Maranhão e a 13,7% no Piauí.
A chaga da desigualdade revela-se ainda mais
impressionante quando se observam as taxas de analfabetismo associadas à cor.
Enquanto na população branca existem 5,9% de analfabetos com 15 anos ou mais,
entre os negros a proporção é de 14,4%, e entre os pardos, de 13%. Nas cidades
pequenas, com até 5.000 habitantes, o analfabetismo entre os negros atinge
27,1%.
A essa diferença de oportunidades na educação
pode-se atribuir boa parte da diferença de rendimentos constatada pelo IBGE. Os dados de rendimento ainda são preliminares, e mostram
que a população brasileira é pobre. O
rendimento médio mensal é de 668 reais, mas 25% dos brasileiros recebem até 188
reais, e metade da população recebia no ano passado até 375 reais, valor
inferior ao salário mínimo vigente, de 510 reais. Quando se
cruzam os dados de rendimento com os de cor, constata-se que negros e pardos
ganham cerca de metade do que ganham os brancos. Na média brasileira, pretos
recebem 834 reais por mês, e pardos 845 reais, contra 1.538 reais de brancos.
As maiores disparidades acontecem nas cidades com
mais de 500 mil habitantes. Em Salvador, brancos ganham 3,2 vezes mais que
pretos. Na comparação entre brancos e pardos, São Paulo aparece no topo da
lista da desigualdade, com rendimentos 2,7 vezes maior.
Mulheres – A
disparidade entre os rendimentos de homens e mulheres é outra distorção que
persiste, embora com tendência à redução. No censo de 2000, os homens tinham
rendimentos 53,33% maiores que os das mulheres. No censo de 2010, a diferença
caiu para 42%.
A desigualdade entre os rendimentos de homens e
mulheres reduziu-se em todas as regiões do país, exceto no Nordeste, onde essa
relação ficou estável. Em 2010, metade dos homens ganhava até 765 reais,
enquanto metade das mulheres recebia até 510 reais. Nos municípios com até 50
mil habitantes, os homens recebiam, em média, 47% a mais que as mulheres: 903
reais contra 615 reais. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes, os homens
recebiam, em média, 1.985 reais e as mulheres, 1.417 reais, uma diferença de
cerca de 40%.
Outros destaques do Censo:
A população brasileira atingiu 190.755.799
habitantes em 1º de agosto de 2010.
Destes, 84,4% viviam em cidades, e 15,6% em áreas rurais,
consolidando um dos mais avassaladores processos de urbanização já ocorridos no
mundo. Em 1950, 63,8% da população viviam no campo; em 20 anos a proporção se
inverteu, e no censo de 1970 67,6% dos brasileiros já habitavam cidades.
Nos últimos 20 anos, a taxa de crescimento da
população caiu a menos da metade. Entre 1991 e 2000, a população cresceu à
razão de 1,64% ao ano; na década seguinte, a taxa foi de 1,17%;
A idade média do brasileiro aumentou 26,5 anos para
32,1 anos entre 1991 e 2010. O Rio Grande do Sul é o estado mais velho da
federação, com idade média de 34,9 anos.
O saneamento básico melhorou, mas continua
precário. 32,9% dos domicílios não estão ligados a rede geral de esgoto ou
fossa séptica. No Nordeste, a proporção é de 54,8%.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/ibge-mostra-a-persistencia-de-dois-brasis
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Verdades e mentiras do Censo da Educação Superior
Sala de
provas do vestibular da FUVEST na Faculdade de Educação da USP, São Paulo/SP
(Eduardo Knapp/Folhapress)
Enquanto o Plano Nacional de Educação (PNE) 2001-2010 previa atingir a
meta de 30% de jovens em universidades, o número não passou de 14,4%
Branca Nunes
Embora se
note um certo imobilismo no universo de estudantes matriculados em cursos
universitários presenciais, aumentou consideravelmente a procura por cursos
tecnológicos e a distância
O Censo da
Educação Superior 2010 confirma que as estatísticas podem não mentir, mas quase
sempre omitem parte da verdade. Divulgado nesta segunda-feira, o estudo aponta,
por exemplo, que o número de matrículas no ensino superior aumentou 110% entre
2001 e 2010. Mas a papelada esquece de registar que o número de jovens (entre
18 e 24 anos) matriculados em cursos superiores cresceu apenas 2,4 pontos
percentuais no mesmo período – de 12%, em 2001, para 14,4%, em 2010, segundo
dados do próprio Ministério da Educação (MEC). Segundo o Plano Nacional de
Educação (PNE) 2001-2010, o governo federal pretendia chegar a 30%.
Como não
conseguiu atingir nem metade da porcentagem, o novo PNE, que faz previsões para
a próxima década, resolveu repetir a meta. Agora, espera-se atingir 33% de
jovens matriculados no ensino superior. Só que o prazo se estendeu até 2020.
“Quando observamos esses números, percebemos que ainda estamos engatinhando”,
constata Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação e
conselheiro do movimento Todos pela Educação. “O México e o Chile têm de 30% a
40% dos jovens no ensino superior. Na União Europeia, o número salta para 70%”.
A informação ajuda a explicar por que – apesar da chiadeira do governo federal
– o Brasil continua na 84ª posição no ranking do
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
A classe C -
Para Ramos, a baixa qualidade dos ensinos
fundamental e médio é uma das explicações para o reduzido número de jovens
brasileiros matriculados em universidades. Quando entram na universidade,
muitos estão despreparados para acompanhar as aulas e desistem facilmente. Em
março deste ano, numa entrevista ao site de VEJA, Eduardo Alcalay,
diretor-presidente da Universidade Estácio de Sá, contou que a faculdade
implantou aulas de reforço escolar de português e matemática para tentar mudar
tal realidade. Na mesma época, Heitor Pinto Filho, então reitor da Uniban,
revelou que a taxa de evasão chegava a 15% no primeiro ano – justamente porque
as aulas mais complexas eram incompreensíveis para alguns alunos.
Além do
déficit de aprendizado, as desistências no meio do curso universitário são
causadas por dificuldades financeiras e pelo próprio perfil do estudante da
classe C – público alvo das grandes universidades privadas do país. “Nosso
estudante padrão vem de uma classe social baixa e frequenta o curso noturno,
depois de ficar o dia inteiro no trabalho”, informou Pinto Filho. “A família
desse aluno sai de uma categoria D e vai para uma B justamente por causa desse
estudante. Na maioria das vezes, ele é a primeira pessoa a conseguir fazer uma
faculdade naquela casa”. Alcalay resume o objetivo das dessas instituições de
ensino: “O que queremos é que o aluno chegue aqui como um office boy que ganha
1.000 reais por mês e saia um analista contábil ganhando 3 mil reais”.
Presencial X à distância - O perfil desse novo estudante universitário é
exposto no censo 2010. Na última década, as matrículas em cursos noturnos, por
exemplo, passaram a representar 63,5% do total – contra 56,1% em 2000. Nas
instituições privadas, elas correspondem a 72,8% das matrículas. Embora se note
um certo
imobilismo no universo de estudantes matriculados em cursos universitários presenciais, aumentou consideravelmente a
procura por cursos tecnológicos e a distância. Em 2001, os cursos tecnológicos
registravam 69.797 matrículas. Em 2010, o número saltou para 781.609.
Hoje, a
modalidade não-presencial representa mais de 14% dos estudantes do ensino
superior. Segundo o censo, a faixa etária média desses alunos é de 33 anos
(contra 26 do ensino presencial). Isso significa que um contingente
significativo não teve chances de ingressar numa faculdade na idade adequada. A
procura também é explicada pela flexibilidade de horários, uma vez que muitos
já estão inseridos no mercado de trabalho.
“O Brasil se
tornou economicamente mais competitivo”, explica Célio Cunha, professor do
programa de doutorado na área de educação da Universidade de Brasília (UnB).
“Isso explica o aumento na procura por cursos tecnológicos, que têm como função
diminuir a carência de mão de obra especializada”. Embora elogie o aumento dos
cursos a distância, “uma tendência mundial”, Cunha adverte: “É preciso que eles
sejam avaliados com mão firme, para que possamos garantir a qualidade”.
Outro ponto
levantado pelo censo é que a participação percentual no número de matrículas
das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste aumentou de 2001 para 2010. Em
contrapartida, houve um decréscimo da participação das regiões Sudeste e Sul.
Enquanto o volume de nordestinos matriculados em universidades representava
15,2% do total do país há uma década, em 2010 foi de 19,3%. Os universitários
do Sudeste eram 51,7% em 2001. Em 2010, 48,7%. As mulheres continuam em
maioria: 56,3% em 2001 e, 10 anos depois, 57%.
O docente - Tanto Cunha quanto Ramos acreditam que a qualidade do ensino fundamental
e médio e, consequentemente, a do superior, só será alcançada com a valorização
do corpo docente. “A escola tornou-se desinteressante, os currículos estão defasados”,
argumenta Cunha. Ramos afirma que o magistério precisa se tornar uma carreira
atraente, o único caminho para se formar bons professores.
Ex-secretário
da educação de Pernambuco, Ramos insiste numa questão que considera
fundamental. “É preciso saber que faculdades diferentes têm missões
diferentes”, compara. “Não é necessário que todas as universidades tenham a
excelência em pesquisa de uma USP tem. Uma instituição localizada no interior
do Nordeste pode, por exemplo, formar professores para trabalharem naquela
zona. Isso não a desmerece”. É por isso, insiste, que deveria haver avaliações
diferentes para universidades públicas e privadas, ou mesmo para as diferentes
regiões brasileiras.
De acordo
com Ramos, o s 33% pretendidos pelo PNE só serão alcançados com essas três
mudanças básicas: maior qualidade dos ensinos fundamental e médio, qualificação
do corpo docente e avalições diferenciadas para as várias universidades. Quem
sabe assim as estatísticas se aproximarão um pouco mais da verdade.
Links Patrocinados
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/verdades-e-mentiras-do-censo-da-educacao-superior
Acesso em 08.11.2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Um novo apartheid?
O
Brasil é um país mestiço. Única experiência de mistura de várias
populações em todo o mundo.Os adeptos da ideologia AFRO querem empurrar
de goela abaixo seus traumas, fobias e sua incapacidade de perceber que
não existem raças, todavia,populações que possuem cor da pele diferentes
além de outros traços físicos.
Como diria o antropólogo Darci
Ribeiro “Somos uma experiência única no mundo”.Em junho de 2010,os
ideólogos racistas pressionaram e conseguiram aprovar- em rito sumário -
a primeira lei racial da história do Brasil.Um novo apartheid?
Querem
implantar no Brasil uma espécie de apartheid entre brancos e negros.
Usam a cor da pele para privilegiar um grupo populacional sem base legal
ou científica. A Constituição Federal no seu artigo 5º assegura a
igualdade entre todos os brasileiros.Cabe
ao Supremo Tribunal Federal invalidar a única lei racial da
República.Uma excrescência introduzida por racialistas de plantão no
imaginário popular através de ONGs e movimentos que tungam o dinheiro
público para promover a desigualdade entre os iguais.
Veja a reportagem abaixo:
A importância do mito da democracia racial no Brasil
A força da lenda fez com que jamais se tolerasse neste país qualquer tipo de limitação de direitos baseado na cor da pele.
Por Roberta Fragoso Kaufmann
Ainda que se discorde tanto da existência da democracia racial, como
do homem cordial no Brasil, não se pode negar a importância da fixação
desses mitos. A importância do mito da democracia racial no Brasil tem
valor à medida que serve para fixar a expectativa de conduta a ser
seguida pelo homem médio que compõe a sociedade. O mito, então, funciona
como um desejo da sociedade sobre algo a ser concretizado, e não
simplesmente como uma mentira.
No Brasil, diferentemente do que aconteceu em outros países
racialistas, a força do mito da democracia racial fez com que jamais se
tolerasse neste país qualquer tipo de limitação de direitos baseado na
cor da pele. Não há qualquer proibição de que os negros dividam com os
brancos a vizinhança em prédios luxuosos ou, então, que compartilhem da
pobreza nas favelas. Essa, talvez, seja uma das funções do mito:
incentivar, no imaginário social, a intolerância geral à discriminação.
Manifestações isoladas de preconceito e de discriminação, por outro
lado, sempre existirão, em qualquer sociedade, porque não se pode
dominar a esfera do pensamento individual. Mas as leis e os costumes
sociais no Brasil já agem incessantemente para impedir que o preconceito
se propague e se transforme em discriminação ou racismo. O mito serve
como freio na conduta humana, fixando o paradigma do comportamento que
se espera do homem médio e o modelo da atitude e das reações que devem
ser tomadas e seguidas.
Desse modo, atribuir toda a culpa das desigualdades sociais sofridas
pelo negro ao preconceito e à discriminação é uma redução simplista do
problema. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação no país
não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e
miscigenada, na qual os valores nacionais em grande parte se identificam
com os valores da comunidade negra. E, sobretudo, não serviram de
impedimento para que muitos pardos e pretos conseguissem alcançar postos
de destaque nos mais amplos espectros sociais, como na política, na
magistratura, na universidade, nos esportes e nas artes. Não é à toa que
já tivemos o nosso primeiro presidente negro no Brasil, Nilo Peçanha,
no ano de 1909, exatos cem anos antes da eleição do Barack Obama.
Cultura da miscigenação
No Brasil, a existência de valores nacionais, comuns a todas as cores
parece quebrar o estigma da classificação racial maniqueísta.
Encontram-se elementos da cultura africana em praticamente todos os
ícones do orgulho nacional, seja na identidade que o brasileiro possui,
seja na imagem do país difundida no exterior, como samba, carnaval,
futebol, capoeira, pagode, chorinho, mulata e molejo. Por não ter
havido a separação das pessoas por causa da cor, foi possível criar um
sentimento de nação que não distingue a cultura própria dos brancos da
cultura dos negros. A unidade do Brasil não depende da pureza das raças,
mas antes da lealdade de todas elas a certos valores essencialmente
brasileiros, de importância comum a todos.
Assim, o problema da relativa falta de integração do negro às camadas
sociais mais elevadas pode ser resolvido no Brasil sem que desperte
manifestações de ódio racial extremado ou violento. Isso somente se
torna possível porque, no âmbito social, a nossa comunidade foi capaz de
se desenvolver a partir da interpenetração das culturas as mais
diversas e, na esfera biológica, houve uma forte miscigenação entre os
grupos de todas as cores. Tentar implementar ações afirmativas em que a
raça seja o único critério levado em consideração poderá, de alguma
forma, afetar esse relativo equilíbrio existente no Brasil e, em vez de
promover a inserção dos negros, criar esferas sociais apartadas,
daqueles que são/foram beneficiados pelas medidas e dos que não são/não
foram.
Cotas raciais: Brasil vs. EUA
Não podemos incidir no erro de querer mitigar as diferenças entre o
Brasil e os Estados Unidos. Muitos autores que escreveram sobre as ações
afirmativas procuram destacar que as diferenças entre os países residem
tão-somente na forma de encarar o problema: os Estados Unidos fizeram a
opção por não usar de subterfúgios, atacando diretamente a questão,
enquanto que, no Brasil, aparentemente não se discute o tema e,
portanto, se difunde a ideia de que vivemos em um paraíso racial.
O raciocínio realizado é sofístico e válido apenas superficialmente.
As diferenças existem, são muitas, e por isso ensejam formas diferentes
de encarar a realidade. O fato de em ambos existir preconceito e
discriminação não significa que a origem do preconceito esteja no mesmo
fato: a ancestralidade africana. No Brasil, muitas vezes a ascendência
africana pode ser suavizada, outras vezes esquecida, seja por questões
econômicas — a assertiva de que no Brasil negro rico vira branco e pobre
branco vira negro — seja pelo fenótipo apresentado — a chamada válvula
de escape do mulato.
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Mapeamento das nascentes dos rios de Vilhena
Alunos do ensino médio matutino da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Zilda da Frota Uchôa,professores de diversas disciplinas e colaboradores estão desenvolvendo um
projeto científico que objetiva realizar o mapeamento das nascentes dos rios
que têm sua origem em Vilhena -Rondônia (Chapada dos Parecis) e das áreas de
preservação permanentes do seu entorno.
A abordagem tem cunho
interdisciplinar.Cada equipe trabalha sob a coordenação de um professor
(a) fotografando, filmando, colhendo amostras da fauna (insetos), flora
(vegetais, flores frutos, sementes), solo
e/ou registrando a presença das espécies presentes na área em estudo. A localização precisa de cada
nascente estudada é realizada com a utilização de equipamento de GPS para o
registro das coordenadas geográficas.
Cada expedição é previamente
agendada para que todas as equipes possam participar em dia e hora marcados.
São parceiros no projeto a
Prefeitura Municipal de Vilhena – que fornece o transporte dos alunos até o
local do evento; o SAAE – Serviço Autônomo de Águas e Esgotos com a coleta e
análise das águas das nascentes e dos reservatórios.São realizadas análises físico-química e
bacteriológica para dar embasamento científico à pesquisa de campo realizada pelos alunos do projeto.O Corpo de Bombeiros de Rondônia, Unidade de Vilhena - participa com uma
viatura prestando todo apoio aos trabalhos desenvolvidos pela expedição.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
A mulher que mudou Cuba
Expresso o meu respeito e minha admiração a uma mulher corajosa.
O amor e a dedicação à família falaram mais alto do que a ideologia política.A tirania do regime cubano não consegui calar a voz de Laura Pollán. A falha no atendimento médico desfechou um golpe fatal contra a Dama de Branco que liderava a luta pela liberdade na ilha.Minhas condolências à família enlutada.Para as Damas de Branco de Cuba: Continuem a luta!!Hasta la vitória!!
O texto abaixo foi publicado no Jornal O Estado de São Paulo, terça-feira, 19.10.2011 por
Yoani Sánchez
Oito anos atrás, Laura Pollán era uma professora escolar que morava
com o marido, Hector Maseda, líder do Partido Liberal Cubano, ilegal na
ilha caribenha. A família tentava levar uma vida normal na pequena casa
na Rua Netuno, em Havana.
Numa certa alvorada, batidas na porta mudaram a vida do casal. Depois
de uma longa revista e um julgamento sumário, Maseda foi detido e
sentenciado a 20 anos de prisão, acusado de agir contra a segurança
nacional. O crime: imaginar uma Cuba diferente, opor-se politicamente às
autoridades e expressar tais opiniões por escrito.
Setenta e cinco membros da oposição foram detidos e condenados
naquele março de 2003, época marcada na história cubana como a Primavera
Negra. O governo esperava que esse golpe convencesse cidadãos
descontentes a abandonar as fileiras dos manifestantes. Acreditava
também que mulheres, mães e filhas dos prisioneiros políticos
permaneceriam caladas.
Assim nasceram as Damas de Branco, grupo de mulheres que, por meio da
luta pacífica, exigiu e conseguiu a libertação de todos os prisioneiros
de consciência. No início, o movimento pareceu pequeno e desorganizado,
levando-se em consideração os quilômetros de distância que separavam
uma mulher da outra. Mas a indignação delas funcionou como elemento
unificador, e suas marchas pelas ruas de Havana, vestidas de branco e
carregando um gladíolo, se seguiram domingo após domingo por mais de
sete anos. Uma voz se destacou entre elas: a de uma mulher de baixa
estatura e olhos azuis que lecionava espanhol e literatura a
adolescentes.
Laura Pollán estava se firmando como porta-voz e líder das Damas de
Branco, dedicadas à defesa dos direitos humanos e à libertação dos seus
entes queridos. Num país movido pela polarização do discurso ideológico,
elas se mostravam diferentes. Não optaram por se organizar em torno de
uma doutrina, mas sim da inatacável posição da afeição familiar. Assim
conquistaram a simpatia de muitos na ilha. Provocaram as autoridades,
que deram início a uma campanha de insultos contra elas.
Se houve um grupo que a mídia cubana difamou além dos limites do
crível, foi o das Damas de Branco. O regime lançou uma espécie de guerra
midiática. “Comícios de repúdio” – ônibus lotados de manifestantes
“espontâneos” convocados para berrar insultos e até para agredir –
fizeram da porta da frente de Laura Pollán seu altar principal.
Jornalistas oficiais as chamavam de “Damas de Verde”, alusão ao apoio
econômico recebido dos cubanos no exílio para que pudessem levar comida
aos maridos aprisionados. O governo hesitou em recorrer aos cofres
públicos para financiar ataques políticos. Parte do dinheiro – que
poderia ser usado para alimentar os cubanos – foi gasto arrancando das
mãos dessas mulheres necessitadas cada centavo que chegava a elas.
A imprensa nacional continuou a difamar Laura até no dia 7 de
outubro, quando ela deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva de um
hospital de Havana para tratar de dores nos ossos, falta de ar e
fraqueza extrema.
Levando-se em consideração a gravidade do estado dela, funcionários
do governo pediram à família que a paciente fosse transferida para uma
clínica de luxo reservada aos militares. “Quero ficar no hospital do
povo”, disse ela. Morreu sexta-feira, depois de um atraso de cinco dias
até a conclusão do diagnóstico, dengue, num país que há meses sofre com
uma epidemia forte da doença.
O Granma, jornal oficial do Partido Comunista, se manteve em silêncio
– como todos os jornais das províncias. O regime Castro nunca foi capaz
de fazer uma breve pausa na sua beligerância, de oferecer condolências.
Esse silêncio também emana do medo em relação à pequena professora de
espanhol, medo que faz o governo engolir em seco. A líder das Damas de
Branco está morta, e ninguém em Cuba poderá carregar um gladíolo nas
mãos sem pensar em Laura Pollán.
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