Publicado no Jornal Folha de São Paulo
10/01/2008
- 21h58
Rompimento de barragem
causa danos ambientais em Rondônia
da Agência
Folha
da Agência Folha, em Campo Grande
da Agência Folha, em Campo Grande
O rompimento da barragem de uma usina hidrelétrica
em construção, em Vilhena (698 km de Porto Velho), na tarde de ontem (9),
causou danos ambientais e a retirada preventiva de ao menos 200 famílias de
suas casas.
Com volume estimado em 3,1 bilhões de litros de
água e cerca de 40 metros de altura, o reservatório da PCH (Pequena Central
Hidrelétrica) de Apertadinho, do grupo privado Cebel (Centrais Elétricas Belém
S/A), se rompeu por volta das 14h desta quinta-feira. O acidente colocou em
risco moradores das cidades de Pimenta Bueno e Cacoal, cortadas pelo rio
Comemoração (ou Melgaço), onde fica a usina.
Havia possibilidade de uma onda de cheia com
velocidade de até 10 km/h atingir a região. O vazamento, contudo, se dispersou
no caminho e foi contido pela barragem de outra usina, a Rondon 2, a 73 km do
ponto do rompimento, por volta da meia-noite de ontem. As características do
terreno --de planície e pouco acidentado-- também contribuíram para amortecer a
força das águas.
"O segundo empreendimento segurou a tromba d'
água. Os maiores danos foram nas matas ciliares [que margeiam cursos de água]
no trajeto. Nenhuma cidade foi invadida e não temos notícia de desabrigados até
o momento", disse, na tarde de hoje, o gerente ambiental do governo de
Rondônia, Marcus Lemgruber.
Os moradores de Pimenta Bueno --primeira cidade na
rota da cheia-- que haviam sido desalojados por precaução começaram hoje mesmo
a voltar para casa. Havia previsão de que o nível do rio Comemoração subisse 50
centímetros na cidade, atingindo 4,8 metros --patamar ainda inferior à máxima
histórica, de nove metros.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado, a área
atingida pelas águas é desabitada. Os danos apurados até o momento são
ambientais e na estrutura da usina de Apertadinho.
Em nota, a Defesa Civil de Rondônia e o Sipam
(Sistema de Proteção da Amazônia) informaram que a situação estava "sob
controle" e descartaram o "cenário mais pessimista que chegou a ser
projetado".
Causas
As causas do rompimento ainda são desconhecidas --o
governo de Rondônia suspeita de falha geológica (?) no terreno ou problemas na
construção das barragem.
A usina de Apertadinho é construída pelo consórcio
Vilhena, formado pelas empresas Schahin Engenharia e Empresa Industrial
Técnica. O consórcio afirmou ontem, em nota, que "está adotando as medidas
cabíveis para apurar as causas do ocorrido".
Na Cebel, a reportagem foi atendida por um
funcionário que se identificou como Sérgio. Ele disse que o grupo enviou
técnicos a Rondônia para avaliar a situação e produzir um relatório para a
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre o ocorrido.
Pablo solano, matheus pichonelli e rodrigo vargas
9/01/2008
- 23h29
Barragem rompe em Rondônia
e água pode atingir municípios
da Agência
Brasil
Parte da barragem da pequena central hidrelétrica
de Apertadinho, em Vilhena (698 km de Porto Velho, RO), rompeu na tarde desta
quarta-feira, de acordo o Corpo de Bombeiros. A água deverá atingir
principalmente os municípios de Pimenta Bueno e Cacoal, no sudeste do Estado.
Até as 21h45 a água não havia chegado ao Vale do
Apertadinho, a 20 km da barragem, mas o Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de
Pimenta Bueno estão retirando moradores das áreas que correm risco de
inundação. "Temos informações que a tromba d'água pode chegar a seis ou
sete metros de altura. Algumas pessoas estão resistindo, mas a maioria está
desocupando as casas", contou.
O lago da barragem de Apertadinho tem capacidade
total para 114 milhões de litros de água, segundo o Corpo de Bombeiros.
10/01/2008
Água de barragem rompida é
contida em dique em Rondônia
da Folha
Online
A água que vazou da pequena central hidrelétrica de
Apertadinho, em Vilhena (698 km de Porto Velho, RO), foi contida hoje em um
dique no Vale do Apertadinho, a 20 km da barragem.
A hidrelétrica, cujo lago tem capacidade total para
114 milhões de litros de água, se rompeu por volta das 14h desta quarta e
colocou em risco a população dos municípios de Pimenta Bueno e Cacoal, cortados
pelo Rio Melgaço.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Pimenta Bueno, não
foi registrado aumento no nível da água do rio até as 4h.
Uma segunda barragem, de oito metros de altura,
conteve a tromba d'água por volta das 22h. Segundo informações dos bombeiros, o
dique deve conter temporariamente o vazamento.
As prefeituras de Pimenta Bueno e Cacoal retiraram,
nesta quarta, moradores de comunidades ribeirinhas as quais correm risco de
inundação. As famílias estão sendo levadas para ginásios e escolas da região.
Ainda não foi descoberto o que teria causado o
rompimento da barragem.
Setenta famílias ribeirinhas de Pimenta Bueno (RO) foram retiradas de casa por causa do rompimento da Barragem de Apertadinho, na Pequena Central Hidrelétrica Apertadinho, no município de Vilhena.
A
operação para retirada imediata dos moradores aconteceu após o anúncio de que,
com o rompimento da barragem, por volta das 14 horas de ontem (9), a vazão da
água ameaçava inundar a região próxima ao Rio Melgasso. A Defesa Civil e o
Corpo de Bombeiros agiram com rapidez porque existia risco de que o volume de água
acumulado e a força da água pudessem comprometer estruturas de pontes e casas
ribeirinhas.
A região mais ameaçada fica
na extensão do Rio Barão de Melgasso. Além de Pimenta Bueno, as cidades de
Cacoal e Ji-Paraná estão em alerta.
O comandante do Corpo de
Bombeiros em Pimenta Bueno, sargento Marcelo Ferreira, informou que a situação
está sob controle. Segundo ele, a água da barragem está sendo contida no Vale
do Apertado, a 90 quilômetros da cidade. Na manhã de hoje, uma equipe foi
enviada para o vale para verificar a situação da contenção.
Além disso, o sargento
informou que o nível do Rio MelgaÇo está sendo monitorado. "À meia-noite,
a régua do rio [que mede o nível da água] estava em 4,54 metros, e por volta
das 6 horas da manhã estava em 4,49 metros. Isso quer dizer que, por enquanto,
a população não está correndo risco, porque somente quando alcança 6,27 metros
é que ocorre alagamento", explicou.
Os ribeirinhos que tiveram
que deixar suas casas estão alojados em escolas e ginásios. O sargento pede que
eles não voltem para casa até que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros
confirmem que não existe mais risco para a população.
O tenente-coronel Silvio
Luiz Rodrigues, da Defesa Civil em Porto Velho, que está monitorando o problema
do rompimento da barragem, informou que funcionários do órgão já estão
sobrevoando a região para avaliar os danos causados pela vazão da água.
Segundo Rodrigues, a Defesa
Civil, com o auxílio do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), fez um
levantamento desde o rompimento da Barragem de Apertadinho até a cidade de
Pimenta Bueno.
O lago da barragem tem
capacidade total para 114 milhões de litros de água, segundo o Corpo de
Bombeiros. A região da central hidrelétrica fica cerca de 500 quilômetros da
capital, Porto Velho.