RIO + 20 E A NOVA ORDEM MUNDIAL
Algumas considerações importantes sobre o debate entre os que defendem a idéia de que a Terra está passando por um período de aquecimento, conhecido como aquecimento global,e os que defendem uma outra que mostra com dados científicos que a Terra está esfriando.A questão ambiental está se tornando uma religião, e para isso, já existe um deusa para ser adorada pelos ecoativistas, ongs, movimentos sociais e partidos políticos: a deusa Gaia.
Leia o post abaixo e tire suas conclusões.
Leia o post abaixo e tire suas conclusões.
Escrito
por Saulo de Tarso Manriquez | 06 Junho 2012
Artigos - Globalismo
Artigos - Globalismo
De 13 a 22 de junho de 2012, o
Rio de Janeiro abrigará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20. Por se tratar de um evento inserido em uma agenda que
visa transformar a cosmovisão de toda humanidade, fundar uma nova economia
e aprofundar a agenda da Nova Ordem Mundial, cabe aos conservadores e às
pessoas dotadas de bom senso refletir sobre o mesmo.
O evento Rio+20 recebe
esse nome porque marca os vinte anos da realização da Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a chamada Rio 1992.
O site da Rio+20 destaca que o evento “deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas”. Mas o que seria o desenvolvimento sustentável?
Até meados de 1960, o
desenvolvimento era sinônimo de crescimento econômico e industrialização: desenvolvidos
eram os países industrializados e subdesenvolvidos aqueles que não
possuíam uma atividade industrial significativa ou que apresentavam uma
industrialização tardia. A aferição da riqueza e, portanto, do desenvolvimento,
não levava em conta a realidade sobre o acesso da população a determinados bens
(materiais e culturais), mas dava-se pelo Produto Interno Bruto de um país em
relação à sua distribuição abstrata per capita.
A distinção entre o desenvolvimento e o crescimento econômico só começou a ganhar corpo com a consolidação da industrialização dos países ricos e com a industrialização, tardia, das nações mais pobres, a partir do que se desenvolveram estudos - amiúde intoxicados pelo dependentismo e pela ortodoxia marxista - no sentido de comparar as diferenças existentes entre os países de industrialização precoce e os países de industrialização tardia no tocante ao acesso dos pobres a determinados bens materiais e culturais (saúde e educação, etc.).
O tratamento sinonímico entre desenvolvimento e crescimento econômico permaneceu até meados da década de 1960.
O subdesenvolvimento passou a ser identificado pela presença das seguintes características: insuficiência de renda per capita anual; subalimentação de parte significativa da população; altas taxas de mortalidade infantil; alto índice de analfabetismo; baixo nível de indicadores que caracterizam a economia moderna (v.g. geração de energia elétrica, consumo de aço, etc.); falta de líderes[1]; baixos padrões médios de consumo e de qualidade de vida; mau funcionamento das instituições políticas[2].
Em 1990, criou-se, por meio da ONU, um índice que consolidou alguns critérios para a verificação do desenvolvimento: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Desde o IDH, praticamente abandonou-se a ideia de que o desenvolvimento significa tão somente crescimento econômico. O IDH leva em conta três critérios, a saber: educação, renda e longevidade. O IDH não exclui a ideia de crescimento econômico, mas passou a tratá-lo como um meio a serviço do desenvolvimento.
Vale destacar que as variáveis não econômicas do desenvolvimento ganharam novo vigor e novos contornos com a obra Development as freedom de Amartya Sen, lançada em 1999. Sen lançou uma nova dimensão sobre as variáveis não econômicas, mormente pela construção teórica das liberdades instrumentais. A instrumentalidade da liberdade na obra de Sen faz com que o desenvolvimento seja visto para além do IDH. Sen destaca o papel das instituições e dos direitos humanos, reforçando a ideia de que o desenvolvimento não pode ser reduzido ao crescimento econômico, sob pena de se acabar relativizando as instituições democráticas e de se desconsiderar a importância das liberdades e dos direitos civis para o progresso econômico[3].
Na concepção de Sen, portanto, o desenvolvimento se caracteriza por um processo de remoção das fontes de privação de liberdade, tais como a negação das liberdades civis, econômicas e políticas por regimes tirânicos, a pobreza extrema, a carência de oportunidades econômicas, negligência e(ou) insuficiência dos serviços públicos (v. g. saneamento básico, assistência médica e segurança pública)[4].
O termo “sustentável” por sua vez, decorre do desenvolvimento teórico da ideia de sustentabilidade, a qual implica, segundo José Eli da Veiga, no “duplo imperativo ético de solidariedade sincrônica com a geração atual e de solidariedade diacrônica com as gerações futuras”[5].
A noção primeira de sustentabilidade surgiu com o Relatório Brundtland (também chamado de Our Common Future), publicado em 1987. O Relatório conceitua desenvolvimento sustentável como sendo “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”[6].
Vale destacar que o termo sustentabilidade ganhou maior notoriedade com a ideia do tripé da sustentabilidade (ou triple bottom line), surgida em 1994 com a obra Cannibals with Forks: the Triple Bottom Line of 21st Century Business de John Elkington. Nessa obra, Elkington propõe que as organizações devem buscar criar valor em três dimensões: a econômica, a social e a ambiental. Na esteira de John Elkington, José Eli da Veiga afirma que a sustentabilidade busca “soluções triplamente vencedoras (Isto é, em termos sociais, econômicos e ecológicos), eliminando o crescimento selvagem obtido ao custo de elevadas externalidades negativas, tanto sociais quanto ambientais”[7].
Poderia se pensar que o desenvolvimento sustentável une o desenvolvimento (entendido sob o prisma de Amartya Sen e do IDH) e a ideia de sustentabilidade. Pensar assim, no entanto, demanda uma construção teórica aparte, um estudo propositivo. Em verdade, o conteúdo que a expressão desenvolvimento sustentável paulatinamente vem ganhando parece distanciar-se cada vez mais da valorização do ser humano, das liberdades civis e econômicas e da busca honesta pela resolução de problemas sociais e ambientais como o analfabetismo, a falta de saneamento básico (um dos mais graves problemas ambientais!) e a miséria. As liberdades públicas, as propostas de combate à miséria e a resolução de problemas básicos que afetam a humanidade até fazem parte da “agenda” do desenvolvimento sustentável, mas cada vez mais servem como “bois-de-piranha” para a passagem uma “boiada” de conceitos, valores e políticas globalistas.
Para um intérprete incauto a expressão desenvolvimento sustentável soa como uma coisa boa, pois afinal quem há de se opor ao desenvolvimento econômico aliado a uma melhoria das condições sociais e de quebra preservando o meio ambiente? Ademais, tendo em vista que a expressão tornou-se um mantra, repetido em todo lugar, torna-se difícil para o cidadão comum ver aí qualquer coisa ruim.
Ocorre, no entanto, que o discurso do desenvolvimento sustentável pouco preza pela harmonização dos “pés” da sustentabilidade. O discurso muda conforme o auditório. Para um público composto por empresários, ruralistas, estudantes de administração, economia, engenharia e direito ainda há certa moderação e, por isso mesmo, ainda subsiste um discurso que diz que o desenvolvimento sustentável deve harmonizar fatores econômicos, sociais e ambientais. Para os cientistas sociais e para todos aqueles que ainda bebem na fonte do marxismo ortodoxo o “pé” mais importante ainda é o social: a degradação ambiental é um detalhe no meio da opressão social causada pelo capitalismo. Para as demais pessoas prevalece o “pé” do meio ambiente. A existência de um discurso moldável ao público a que se destina mostra, por si só, que há uma distorção na suposta harmonização de variáveis alegada pelos defensores mais honestos da sustentabilidade.
A distinção entre o desenvolvimento e o crescimento econômico só começou a ganhar corpo com a consolidação da industrialização dos países ricos e com a industrialização, tardia, das nações mais pobres, a partir do que se desenvolveram estudos - amiúde intoxicados pelo dependentismo e pela ortodoxia marxista - no sentido de comparar as diferenças existentes entre os países de industrialização precoce e os países de industrialização tardia no tocante ao acesso dos pobres a determinados bens materiais e culturais (saúde e educação, etc.).
O tratamento sinonímico entre desenvolvimento e crescimento econômico permaneceu até meados da década de 1960.
O subdesenvolvimento passou a ser identificado pela presença das seguintes características: insuficiência de renda per capita anual; subalimentação de parte significativa da população; altas taxas de mortalidade infantil; alto índice de analfabetismo; baixo nível de indicadores que caracterizam a economia moderna (v.g. geração de energia elétrica, consumo de aço, etc.); falta de líderes[1]; baixos padrões médios de consumo e de qualidade de vida; mau funcionamento das instituições políticas[2].
Em 1990, criou-se, por meio da ONU, um índice que consolidou alguns critérios para a verificação do desenvolvimento: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Desde o IDH, praticamente abandonou-se a ideia de que o desenvolvimento significa tão somente crescimento econômico. O IDH leva em conta três critérios, a saber: educação, renda e longevidade. O IDH não exclui a ideia de crescimento econômico, mas passou a tratá-lo como um meio a serviço do desenvolvimento.
Vale destacar que as variáveis não econômicas do desenvolvimento ganharam novo vigor e novos contornos com a obra Development as freedom de Amartya Sen, lançada em 1999. Sen lançou uma nova dimensão sobre as variáveis não econômicas, mormente pela construção teórica das liberdades instrumentais. A instrumentalidade da liberdade na obra de Sen faz com que o desenvolvimento seja visto para além do IDH. Sen destaca o papel das instituições e dos direitos humanos, reforçando a ideia de que o desenvolvimento não pode ser reduzido ao crescimento econômico, sob pena de se acabar relativizando as instituições democráticas e de se desconsiderar a importância das liberdades e dos direitos civis para o progresso econômico[3].
Na concepção de Sen, portanto, o desenvolvimento se caracteriza por um processo de remoção das fontes de privação de liberdade, tais como a negação das liberdades civis, econômicas e políticas por regimes tirânicos, a pobreza extrema, a carência de oportunidades econômicas, negligência e(ou) insuficiência dos serviços públicos (v. g. saneamento básico, assistência médica e segurança pública)[4].
O termo “sustentável” por sua vez, decorre do desenvolvimento teórico da ideia de sustentabilidade, a qual implica, segundo José Eli da Veiga, no “duplo imperativo ético de solidariedade sincrônica com a geração atual e de solidariedade diacrônica com as gerações futuras”[5].
A noção primeira de sustentabilidade surgiu com o Relatório Brundtland (também chamado de Our Common Future), publicado em 1987. O Relatório conceitua desenvolvimento sustentável como sendo “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”[6].
Vale destacar que o termo sustentabilidade ganhou maior notoriedade com a ideia do tripé da sustentabilidade (ou triple bottom line), surgida em 1994 com a obra Cannibals with Forks: the Triple Bottom Line of 21st Century Business de John Elkington. Nessa obra, Elkington propõe que as organizações devem buscar criar valor em três dimensões: a econômica, a social e a ambiental. Na esteira de John Elkington, José Eli da Veiga afirma que a sustentabilidade busca “soluções triplamente vencedoras (Isto é, em termos sociais, econômicos e ecológicos), eliminando o crescimento selvagem obtido ao custo de elevadas externalidades negativas, tanto sociais quanto ambientais”[7].
Poderia se pensar que o desenvolvimento sustentável une o desenvolvimento (entendido sob o prisma de Amartya Sen e do IDH) e a ideia de sustentabilidade. Pensar assim, no entanto, demanda uma construção teórica aparte, um estudo propositivo. Em verdade, o conteúdo que a expressão desenvolvimento sustentável paulatinamente vem ganhando parece distanciar-se cada vez mais da valorização do ser humano, das liberdades civis e econômicas e da busca honesta pela resolução de problemas sociais e ambientais como o analfabetismo, a falta de saneamento básico (um dos mais graves problemas ambientais!) e a miséria. As liberdades públicas, as propostas de combate à miséria e a resolução de problemas básicos que afetam a humanidade até fazem parte da “agenda” do desenvolvimento sustentável, mas cada vez mais servem como “bois-de-piranha” para a passagem uma “boiada” de conceitos, valores e políticas globalistas.
Para um intérprete incauto a expressão desenvolvimento sustentável soa como uma coisa boa, pois afinal quem há de se opor ao desenvolvimento econômico aliado a uma melhoria das condições sociais e de quebra preservando o meio ambiente? Ademais, tendo em vista que a expressão tornou-se um mantra, repetido em todo lugar, torna-se difícil para o cidadão comum ver aí qualquer coisa ruim.
Ocorre, no entanto, que o discurso do desenvolvimento sustentável pouco preza pela harmonização dos “pés” da sustentabilidade. O discurso muda conforme o auditório. Para um público composto por empresários, ruralistas, estudantes de administração, economia, engenharia e direito ainda há certa moderação e, por isso mesmo, ainda subsiste um discurso que diz que o desenvolvimento sustentável deve harmonizar fatores econômicos, sociais e ambientais. Para os cientistas sociais e para todos aqueles que ainda bebem na fonte do marxismo ortodoxo o “pé” mais importante ainda é o social: a degradação ambiental é um detalhe no meio da opressão social causada pelo capitalismo. Para as demais pessoas prevalece o “pé” do meio ambiente. A existência de um discurso moldável ao público a que se destina mostra, por si só, que há uma distorção na suposta harmonização de variáveis alegada pelos defensores mais honestos da sustentabilidade.
Os discursos intelectualmente
honestos nas propostas de desenvolvimento sustentável só atingem um público
pequeno e por serem raros, não surtem um efeito neutralizador em relação ao
hegemônico discurso
ambientalista.
Recentemente o filósofo Olavo de
Carvalho trouxe à tona o conceito jornalístico do termo suíte. Na
linguagem jornalística, há o suíte quando um jornal ou diversos jornais
dão prosseguimento a um assunto noticiado, ou seja, quando há repercussão. Assim,
de nada adianta a Band entrevistar José Carlos Molion ou o Programa do Jô entrevistar Ricardo Augusto Felício, permitindo que esses
cientistas apresentem argumentos contrários à hipótese do aquecimento global
antropogênico e ao ambientalismo radical, se os argumentos aí mostrados não
serão repercutidos e colocados na pauta do debate público. Prevalece a hipótese
aquecimentista e o falatório ambientalista.
Os programas de TV, as campanhas e as políticas pró-sustentabilidade, e a educação infantil sobre a sustentabilidade privilegiam o meio ambiente e colocam a humanidade como uma espécie de vírus que assola o planeta. Mas por que isso acontece? Por causa das teorias globalistas, novordistas e new agers que são, quase que necessariamente, o preâmbulo de toda discussão sobre o desenvolvimento sustentável.
Os programas de TV, as campanhas e as políticas pró-sustentabilidade, e a educação infantil sobre a sustentabilidade privilegiam o meio ambiente e colocam a humanidade como uma espécie de vírus que assola o planeta. Mas por que isso acontece? Por causa das teorias globalistas, novordistas e new agers que são, quase que necessariamente, o preâmbulo de toda discussão sobre o desenvolvimento sustentável.
O discurso moderno da sustentabilidade encontra
suas raízes no Clube de Roma, que foi fundado em 1968. O Clube de Roma
reúne celebridades políticas, acadêmicas e empresariais para debater temas como
política, economia e meio ambiente. O Clube ganhou notoriedade em 1972, com a
publicação do relatório intitulado The limits of growth (Os Limites
do Crescimento) ou Relatório do Clube de Roma. Dentre os temas
abordados pelo relatório estão: energia, poluição, saneamento, saúde, meio
ambiente, tecnologia e crescimento populacional. O relatório trabalha contra
dois tipos de crescimento, o econômico (no sentido industrial) e o
populacional, o quais levariam a um esgotamento dos recursos e a níveis de
poluição que a Terra não seria capaz de suportar.
No mesmo ano em que se publicou o Relatório do
Clube de Roma realizou-se, por meio da ONU, a Conferência de Estocolmo, que
versou sobre a relação entre a humanidade e a natureza, adotando um discurso
contrário à industrialização.
Também em 1972, o químico James Lovelock apresentou
ao mundo a Hipótese de Gaia, a qual resgata o conceito pagão da
deusa-mãe, a Mãe Natureza, a Mãe Terra, e concebe a Terra como um ser vivo
que busca seu equilíbrio, por assim dizer, “homeostático”. Na obra de Lovelock
a humanidade é colocada como elemento desestabilizor desse
equilíbrio.
Sete anos após a publicação do Relatório do Clube
de Roma foram erigidas as famosas Pedras Guia da Geórgia, um monumento
que traz uma espécie de decálogo novordista escrito em oito idiomas. Dentre os
mandamentos vale destacar o primeiro e o décimo. Alinhado com o Relatório do
Clube de Roma, o primeiro mandamento diz “Maintain humanity under 500,000,000 in
perpetual balance with nature”. Já o décimo mandamento traz todo o desprezo dos
planejadores globais pela humanidade, pois vê em cada ser humano um câncer
potencial: “Be not a cancer on the earth - Leave room for nature”.
Os passos seguintes foram o Relatório Bruntland e a
Rio-92 (também chamada de Cimeira da Terra), a qual globalizou de
vez a questão ambiental.
Não se pode negar que o Relatório
Bruntland defende medidas interessantes, como a reciclagem de materiais
reaproveitáveis, incentivo ao planejamento urbano (no sentido de proteger
mananciais e diminuir os impactos negativos das atividades industriais sobre a
sua vizinhança) e adoção de políticas governamentais que atendam necessidades
básicas da população. Contudo, o Relatório também propôs a limitação do
crescimento populacional, o banimento das guerras e concebeu a ONU
como protagonista e coordenadora de um programa global de
desenvolvimento sustentável.
A Rio 92, por sua vez, resultou numa série de documentos e convenções, tais como a Carta da Terra, a Convenção Sobre Mudanças Climáticas e a Agenda 21. A Carta da Terra exulta o surgimento de uma sociedade civil global que servirá para “construir um mundo democrático e humano” e, alinhada com a espiritualidade da Nova Era, propõe a promoção de uma “cultura de tolerância, não-violência e paz” (para tanto, propõe, por exemplo, a desmilitarização dos sistemas de segurança nacional[8]). A Carta da Terra ainda enfatiza a necessidade de se “adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito” (quem definirá esse “estilo de vida”?). Já a Convenção Sobre Mudanças Climáticas preparou o terreno para a elaboração do Protocolo de Kyoto e para o fortalecimento da hipótese do aquecimento global antropogênico. E a Agenda 21, por sua vez, estabelece que o desenvolvimento sustentável deve ser arquitetado em âmbito global com o apoio dos países. Embora cada país tenha sua própria Agenda 21, as diretrizes para a elaboração da agenda vêm da cúpula globalista.
A Rio 92, por sua vez, resultou numa série de documentos e convenções, tais como a Carta da Terra, a Convenção Sobre Mudanças Climáticas e a Agenda 21. A Carta da Terra exulta o surgimento de uma sociedade civil global que servirá para “construir um mundo democrático e humano” e, alinhada com a espiritualidade da Nova Era, propõe a promoção de uma “cultura de tolerância, não-violência e paz” (para tanto, propõe, por exemplo, a desmilitarização dos sistemas de segurança nacional[8]). A Carta da Terra ainda enfatiza a necessidade de se “adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito” (quem definirá esse “estilo de vida”?). Já a Convenção Sobre Mudanças Climáticas preparou o terreno para a elaboração do Protocolo de Kyoto e para o fortalecimento da hipótese do aquecimento global antropogênico. E a Agenda 21, por sua vez, estabelece que o desenvolvimento sustentável deve ser arquitetado em âmbito global com o apoio dos países. Embora cada país tenha sua própria Agenda 21, as diretrizes para a elaboração da agenda vêm da cúpula globalista.
De certa forma, a construção teórica do desenvolvimento conseguiu neutralizar as propostas revolucionárias da teoria da dependência e o discurso anti-industrialização do Clube de Roma. Já o desenvolvimento sustentável, por ser parte de uma agenda globalista, dificilmente se afastará do radicalismo ambientalista, das pretensões novordistas e do seu elemento, por assim dizer, “espiritual”, o movimento da Nova Era.
A precariedade de abordagens sinceras sobre a relação entre economia, sociedade e meio ambiente e a preferência pelos referenciais teóricos globalistas e neopagãos torna a defesa do desenvolvimento sustentável uma mera engrenagem de um projeto globalista.
Os totalitaristas sabem que não podem implantar a Nova Ordem Mundial de supetão, por isso se valem de propostas aparentemente bem intencionadas para camuflar seus mais macabros projetos. O processo de justificação da Nova Ordem Mundial está em marcha e conta com o apoio da mídia, de governos, de diversas empresas, de ONGs e de inúmeras instituições renomadas de ensino superior.
O evento Rio+20 não é apenas a continuação da Rio-92. As raízes da Rio+20 são bem mais profundas; é a continuidade de uma estratégia lançada pelo Clube de Roma.
Embora a Rio+20 se proponha a “definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas”, cumpre destacar que essa agenda já existia e o evento, na verdade, é apenas mais um item dessa agenda. A agenda na qual a Rio+20 se insereé chamada de agenda do desenvolvimento sustentável, mas na verdade é a agenda da Nova Ordem Mundial, a qual propõe uma espiritualidade anti-cristã, o abortismo, a supressão gradual das liberdades civis e da soberania dos Estados.
Referências:
[3] SEN,
Amartya. Desenvolvimento como liberdade. Tradução de Laura Teixeira Motta. São
Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 19-20.
[5] VEIGA, José Eli da.
Desenvolvimento Sustentável – o desafio do século XXI. Rio de
Janeiro: Garamond, 2005, p. 171.
[6] Our Common Future, Chapter 2: Towards Sustainable Development. Disponível em: http://www.un-documents.net/ocf-02.htm#I
Saulo de Tarso Manriquez é mestre em Direito pela PUC-PR.