quarta-feira, 17 de setembro de 2014

VIA LÁCTEA

Astronomia


Novo catálogo da Via Láctea mostra detalhes de 219 milhões de estrelas


Catálogos como esses, com as características de estrelas e planetas, são as bases para os novos modelos da nossa galáxia desenvolvidos pelos cientistas

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Cientistas da Universidade de Hertfordshire, na Grã-Bretanha, criaram um mapa detalhado da parte norte da Via Láctea (Nasa/VEJA)

Um novo catálogo, que mostra a parte visível da Via Láctea, detalha a estrutura de 219 milhões de estrelas que compõe a nossa galáxia. O trabalho, publicado na segunda-feira no site do periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, é fruto de dez anos de análises usando o Telescópio Isaac Newton (INT), no observatório La Palma, nas Ilhas Canárias.

Os cientistas mapearam a parte norte da Via Láctea, mostrando a variação da densidade de estrelas, aglomerações de gás e poeira cósmica que a compõe. O telescópio usado pelos astrônomos, que possui um espelho de 2,5 metros, possibilitou identificar estrelas que jamais poderíamos enxergar a olho nu — para conseguirmos vê-las, elas teriam que brilhar 1 milhão de vezes mais fortemente. Com ele, os cientistas conseguiram detalhar informações como a luminosidade dos sistemas estelares.



A imagem mostra a região que parece um disco e que contém a maior parte das estrelas da galáxia, incluindo o Sol. Esse é a segunda leva de dados divulgada pelo programa astronômico liderado pela Universidade de Hertfordshire, na Grã-Bretanha, com as informações do telescópio Isaac Newton. Catálogos como esses, com dados precisos de estrelas e planetas da Via Láctea — ela é composta de cerca de 300 bilhões de estrelas e o mesmo número de planetas, de acordo com estimativas dos cientistas — são as bases para os novos modelos de nossa galáxia, que estão sendo construídos pelos cientistas, revelando uma nova visão sobre o Universo. 

CONHEÇA A PESQUISA
Onde foi divulgada: periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Quem fez: Geert Barentsen, H. J. Farnhill, J. E. Drew, E. A. González-Solares, R. Greimel, M. J. Irwin, B. Miszalski, C. Ruhland e outros
Instituição: Universidade de Hertfordshire e Universidade Cambridge, na Grã-Bretanha, Instituto de Astrofísica de Canárias, na Espanha, e outras.
Resultado: Os pesquisadores fizeram um novo catálogo, que mostra a parte visível da Via
Láctea, detalhando a estrutura de 219 milhões de estrelas.
 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Meio ambiente

Desmatamento cresce 9,8% em um ano na Amazônia

Área desmatada entre agosto de 2013 e julho de 2014 equivale a duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo

 Desmatamento na Amazônia: Pará, Mato Grosso e Rondônia foram os Estados que mais desmataram (Divulgação/VEJA) 

Amazônia Legal perdeu 3.036 km2 de floresta entre agosto de 2013 e julho de 2014, conforme dados divulgados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O desmatamento foi 9,8% maior que o registrado em igual período anterior. A área equivale a duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo, e seu desmatamento está relacionado principalmente às atividades agrícolas.Os dados do Inpe consideram tanto o desmatamento parcial, em que apenas parte da floresta permanece em pé, geralmente relacionado com a atividade madeireira, quando o corte raso, com a supressão total da mata para implantação de lavoura e pecuária. A Amazônia Legal inclui todos os Estados da Região Norte, além de parte do Mato Grosso e do Maranhão. 

Os números se baseiam no rastreamento feito pelo Deter, serviço de detecção de desmatamento realizado em tempo real pelo Inpe, com base em imagens de satélites de alta frequência. O Deter identifica áreas degradadas com mais de 25 hectares. Devido à ocorrência de nuvens, nem todo área desmatada é rastreada por satélite.

Os Estados que mais desmataram foram o Pará, com 532 km2, seguido pelo Mato Grosso, com 268 km2 e Rondônia, com 263 km2. O Estado de Amazonas aparece em quarto lugar com 167 km2. Queimadas e atividades agropecuárias estão entre as principais causas da degradação. No caso do Amazonas, os desmatamentos ocorreram no extremo sul do Estado, nova fronteira agrícola do país.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), operações realizadas na região resultaram na prisão de uma grande quadrilha de desmatadores no sul do Pará. A expectativa é de que os números caiam nos próximos meses.
(Com Estadão Conteúdo)