quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O ROMPIMENTO DA BARRAGEM APERTADINHO EM 2008


Publicado no Jornal Folha de São Paulo

10/01/2008 - 21h58
Rompimento de barragem causa danos ambientais em Rondônia

da Agência Folha
da Agência Folha, em Campo Grande
O rompimento da barragem de uma usina hidrelétrica em construção, em Vilhena (698 km de Porto Velho), na tarde de ontem (9), causou danos ambientais e a retirada preventiva de ao menos 200 famílias de suas casas.
Com volume estimado em 3,1 bilhões de litros de água e cerca de 40 metros de altura, o reservatório da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) de Apertadinho, do grupo privado Cebel (Centrais Elétricas Belém S/A), se rompeu por volta das 14h desta quinta-feira. O acidente colocou em risco moradores das cidades de Pimenta Bueno e Cacoal, cortadas pelo rio Comemoração (ou Melgaço), onde fica a usina.
Havia possibilidade de uma onda de cheia com velocidade de até 10 km/h atingir a região. O vazamento, contudo, se dispersou no caminho e foi contido pela barragem de outra usina, a Rondon 2, a 73 km do ponto do rompimento, por volta da meia-noite de ontem. As características do terreno --de planície e pouco acidentado-- também contribuíram para amortecer a força das águas.
"O segundo empreendimento segurou a tromba d' água. Os maiores danos foram nas matas ciliares [que margeiam cursos de água] no trajeto. Nenhuma cidade foi invadida e não temos notícia de desabrigados até o momento", disse, na tarde de hoje, o gerente ambiental do governo de Rondônia, Marcus Lemgruber.
Os moradores de Pimenta Bueno --primeira cidade na rota da cheia-- que haviam sido desalojados por precaução começaram hoje mesmo a voltar para casa. Havia previsão de que o nível do rio Comemoração subisse 50 centímetros na cidade, atingindo 4,8 metros --patamar ainda inferior à máxima histórica, de nove metros.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado, a área atingida pelas águas é desabitada. Os danos apurados até o momento são ambientais e na estrutura da usina de Apertadinho.
Em nota, a Defesa Civil de Rondônia e o Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) informaram que a situação estava "sob controle" e descartaram o "cenário mais pessimista que chegou a ser projetado".
Causas
As causas do rompimento ainda são desconhecidas --o governo de Rondônia suspeita de falha geológica (?) no terreno ou problemas na construção das barragem.
A usina de Apertadinho é construída pelo consórcio Vilhena, formado pelas empresas Schahin Engenharia e Empresa Industrial Técnica. O consórcio afirmou ontem, em nota, que "está adotando as medidas cabíveis para apurar as causas do ocorrido".
Na Cebel, a reportagem foi atendida por um funcionário que se identificou como Sérgio. Ele disse que o grupo enviou técnicos a Rondônia para avaliar a situação e produzir um relatório para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre o ocorrido.
Pablo solano, matheus pichonelli e rodrigo vargas
9/01/2008 - 23h29
Barragem rompe em Rondônia e água pode atingir municípios  
da Agência Brasil
Parte da barragem da pequena central hidrelétrica de Apertadinho, em Vilhena (698 km de Porto Velho, RO), rompeu na tarde desta quarta-feira, de acordo o Corpo de Bombeiros. A água deverá atingir principalmente os municípios de Pimenta Bueno e Cacoal, no sudeste do Estado.
Até as 21h45 a água não havia chegado ao Vale do Apertadinho, a 20 km da barragem, mas o Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de Pimenta Bueno estão retirando moradores das áreas que correm risco de inundação. "Temos informações que a tromba d'água pode chegar a seis ou sete metros de altura. Algumas pessoas estão resistindo, mas a maioria está desocupando as casas", contou.
O lago da barragem de Apertadinho tem capacidade total para 114 milhões de litros de água, segundo o Corpo de Bombeiros.

10/01/2008
Água de barragem rompida é contida em dique em Rondônia

da Folha Online
A água que vazou da pequena central hidrelétrica de Apertadinho, em Vilhena (698 km de Porto Velho, RO), foi contida hoje em um dique no Vale do Apertadinho, a 20 km da barragem.
A hidrelétrica, cujo lago tem capacidade total para 114 milhões de litros de água, se rompeu por volta das 14h desta quarta e colocou em risco a população dos municípios de Pimenta Bueno e Cacoal, cortados pelo Rio Melgaço.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Pimenta Bueno, não foi registrado aumento no nível da água do rio até as 4h.
Uma segunda barragem, de oito metros de altura, conteve a tromba d'água por volta das 22h. Segundo informações dos bombeiros, o dique deve conter temporariamente o vazamento.
As prefeituras de Pimenta Bueno e Cacoal retiraram, nesta quarta, moradores de comunidades ribeirinhas as quais correm risco de inundação. As famílias estão sendo levadas para ginásios e escolas da região.
Ainda não foi descoberto o que teria causado o rompimento da barragem. 

Setenta famílias ribeirinhas de Pimenta Bueno (RO) foram retiradas de casa por causa do rompimento da Barragem de Apertadinho, na Pequena Central Hidrelétrica Apertadinho, no município de Vilhena.

Quinta-Feira , 10 de Janeiro de 2008 
A operação para retirada imediata dos moradores aconteceu após o anúncio de que, com o rompimento da barragem, por volta das 14 horas de ontem (9), a vazão da água ameaçava inundar a região próxima ao Rio Melgasso. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros agiram com rapidez porque existia risco de que o volume de água acumulado e a força da água pudessem comprometer estruturas de pontes e casas ribeirinhas.
A região mais ameaçada fica na extensão do Rio Barão de Melgasso. Além de Pimenta Bueno, as cidades de Cacoal e Ji-Paraná estão em alerta.
O comandante do Corpo de Bombeiros em Pimenta Bueno, sargento Marcelo Ferreira, informou que a situação está sob controle. Segundo ele, a água da barragem está sendo contida no Vale do Apertado, a 90 quilômetros da cidade. Na manhã de hoje, uma equipe foi enviada para o vale para verificar a situação da contenção.
Além disso, o sargento informou que o nível do Rio MelgaÇo está sendo monitorado. "À meia-noite, a régua do rio [que mede o nível da água] estava em 4,54 metros, e por volta das 6 horas da manhã estava em 4,49 metros. Isso quer dizer que, por enquanto, a população não está correndo risco, porque somente quando alcança 6,27 metros é que ocorre alagamento", explicou.
Os ribeirinhos que tiveram que deixar suas casas estão alojados em escolas e ginásios. O sargento pede que eles não voltem para casa até que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros confirmem que não existe mais risco para a população.
O tenente-coronel Silvio Luiz Rodrigues, da Defesa Civil em Porto Velho, que está monitorando o problema do rompimento da barragem, informou que funcionários do órgão já estão sobrevoando a região para avaliar os danos causados pela vazão da água.
Segundo Rodrigues, a Defesa Civil, com o auxílio do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), fez um levantamento desde o rompimento da Barragem de Apertadinho até a cidade de Pimenta Bueno.

O lago da barragem tem capacidade total para 114 milhões de litros de água, segundo o Corpo de Bombeiros. A região da central hidrelétrica fica cerca de 500 quilômetros da capital, Porto Velho.
insjustra.org.br/lerNoticias.php?news=1423#.Um__8xB9zCo.Acesso em 29.10.2013