segunda-feira, 28 de novembro de 2011

As grandes extinções

Um vídeo interessante sobre os eventos extremos climáticos que provocaram extinções dos seres vivos na Terra ao longo do tempo geológico. Atualmente, algumas alterações nas correntes maritimas e na circulação atmosférica apontam para mudanças bruscas no clima em todo o mundo. As nações se reunem em busca de soluções para minimizar o aumento da temperatura no globo, entretanto, nada de concreto está sendo feito para solução do problema.


As grandes extinções - Vídeo - VEJA.com

sábado, 19 de novembro de 2011

O EXAGERO BRASILEIRO

 

O Reino Brasil Maravilha supera  todos os reinos e impérios que já existiram. E,não espalha, do total dos 23.579 cargos de confiança, há 2.157 cargos que ainda estão vagos.Vejam bem! A base alugada, também conhecida como base aliada, não pode saber disso!!!
Os donatários das capitanias hereditárias do governo passado e do atual governo, entenda-se Ministérios= capitanias, estão se revezando nos cargos quando a imprensa livre denuncia a corrupção no Reino da Soberana, OU no Reino da Mãe e do Pai do PAC (Programa de Aceleração da Corrupção).Entretanto, apesar de toda luta travada para debelar o mal,a corrupção continua em ritmo acelerado corroendo os cofres públicos, violentando o direitos da população sob o beneplácito da dupla que governa o país.

Brasil tem 23 579 cargos de confiança - o triplo dos EUA

Posto independe de concurso e pode ser usado conforme o interesse político


Haja gente em quem confiar. Segundo levantamento do Ministério do Planejamento, requisitado pelo deputado José Antônio Reguffe (PDT-DF) e obtido por VEJA, que traz reportagem sobre o loteamento do estado em sua edição desta semana, há 23 579 cargos de confiança no governo federal. É quase três vezes o total de postos equivalentes nos Estados Unidos.  E quase oitenta vezes o número da Inglaterra.

Cargos de confiança independem de concursos públicos e podem ser preenchidos livremente, conforme os interesses políticos. Eles são a chave do aparelhamento do estado.

O levantamento aponta que 2 157 dos 23 579 postos estão vagos - o que equivale a 9%. Deixa só a base aliada saber disso.
www.veja.com.br

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os dois "Brasis"


Censo 2010
IBGE mostra a persistência de dois "Brasis"
Taxa de analfabetismo cai, mas é superior a 25% em 1.310 municípios. Proporção de pessoas pardas ou negras que não sabe ler caiu pela metade desde 1991, mas é o dobro da registrada entre brancos

Lucila Soares e Rafael Lemos

Moradora do Morro dos Macacos, na Vila Isabel (Apu Gomes/Folhapress) 

Um país urbano, com taxas de crescimento populacional próximas das nações desenvolvidas, avanços sociais notáveis e desigualdades flagrantes, que mantêm atual a idéia da coexistência de dois "Brasis". Este é o Brasil retratado pelo Censo Demográfico de 2010, que teve mais uma etapa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O conjunto de informações divulgado consolida as características da população e dos domicílios brasileiros levantadas em visitas a 67,5 milhões de domicílios, nos 5.565 municípios das 27 unidades da federação.
A taxa de analfabetismo é um dos indicadores em que a existência de dois Brasis se revela com mais vigor. Entre 2000 e 2010, o número de analfabetos com 15 anos de idade ou mais recuou de 13,63% para 9,6%. Mas as diferenças regionais são gritantes, e nas cidades pequenas, de até 50 mil habitantes, a situação é de calamidade educacional. No Nordeste, a taxa dessas cidades chega a 28%. Em todo o Brasil, existem 1.304 municípios com taxas de analfabetismo iguais ou superiores a 25%. Entre as crianças de 10 anos de idade, a proporção caiu de 11,4% para 6,5% na média brasileira, mas chega a 16,4% no Maranhão e a 13,7% no Piauí.
A chaga da desigualdade revela-se ainda mais impressionante quando se observam as taxas de analfabetismo associadas à cor. Enquanto na população branca existem 5,9% de analfabetos com 15 anos ou mais, entre os negros a proporção é de 14,4%, e entre os pardos, de 13%. Nas cidades pequenas, com até 5.000 habitantes, o analfabetismo entre os negros atinge 27,1%.

A essa diferença de oportunidades na educação pode-se atribuir boa parte da diferença de rendimentos constatada pelo IBGE. Os dados de rendimento ainda são preliminares, e mostram que a população brasileira é pobre. O rendimento médio mensal é de 668 reais, mas 25% dos brasileiros recebem até 188 reais, e metade da população recebia no ano passado até 375 reais, valor inferior ao salário mínimo vigente, de 510 reais. Quando se cruzam os dados de rendimento com os de cor, constata-se que negros e pardos ganham cerca de metade do que ganham os brancos. Na média brasileira, pretos recebem 834 reais por mês, e pardos 845 reais, contra 1.538 reais de brancos.
As maiores disparidades acontecem nas cidades com mais de 500 mil habitantes. Em Salvador, brancos ganham 3,2 vezes mais que pretos. Na comparação entre brancos e pardos, São Paulo aparece no topo da lista da desigualdade, com rendimentos 2,7 vezes maior.
Mulheres – A disparidade entre os rendimentos de homens e mulheres é outra distorção que persiste, embora com tendência à redução. No censo de 2000, os homens tinham rendimentos 53,33% maiores que os das mulheres. No censo de 2010, a diferença caiu para 42%.
A desigualdade entre os rendimentos de homens e mulheres reduziu-se em todas as regiões do país, exceto no Nordeste, onde essa relação ficou estável. Em 2010, metade dos homens ganhava até 765 reais, enquanto metade das mulheres recebia até 510 reais. Nos municípios com até 50 mil habitantes, os homens recebiam, em média, 47% a mais que as mulheres: 903 reais contra 615 reais. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes, os homens recebiam, em média, 1.985 reais e as mulheres, 1.417 reais, uma diferença de cerca de 40%.


 Outros destaques do Censo:
A população brasileira atingiu 190.755.799 habitantes em 1º de agosto de 2010.
Destes, 84,4% viviam em cidades, e 15,6% em áreas rurais, consolidando um dos mais avassaladores processos de urbanização já ocorridos no mundo. Em 1950, 63,8% da população viviam no campo; em 20 anos a proporção se inverteu, e no censo de 1970 67,6% dos brasileiros já habitavam cidades.
Nos últimos 20 anos, a taxa de crescimento da população caiu a menos da metade. Entre 1991 e 2000, a população cresceu à razão de 1,64% ao ano; na década seguinte, a taxa foi de 1,17%;
A idade média do brasileiro aumentou 26,5 anos para 32,1 anos entre 1991 e 2010. O Rio Grande do Sul é o estado mais velho da federação, com idade média de 34,9 anos.
O saneamento básico melhorou, mas continua precário. 32,9% dos domicílios não estão ligados a rede geral de esgoto ou fossa séptica. No Nordeste, a proporção é de 54,8%.





http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/ibge-mostra-a-persistencia-de-dois-brasis

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Verdades e mentiras do Censo da Educação Superior

Sala de provas do vestibular da FUVEST na Faculdade de Educação da USP, São Paulo/SP (Eduardo Knapp/Folhapress)

Enquanto o Plano Nacional de Educação (PNE) 2001-2010 previa atingir a meta de 30% de jovens em universidades, o número não passou de 14,4%
Branca Nunes

Embora se note um certo imobilismo no universo de estudantes matriculados em cursos universitários presenciais, aumentou consideravelmente a procura por cursos tecnológicos e a distância
O Censo da Educação Superior 2010 confirma que as estatísticas podem não mentir, mas quase sempre omitem parte da verdade. Divulgado nesta segunda-feira, o estudo aponta, por exemplo, que o número de matrículas no ensino superior aumentou 110% entre 2001 e 2010. Mas a papelada esquece de registar que o número de jovens (entre 18 e 24 anos) matriculados em cursos superiores cresceu apenas 2,4 pontos percentuais no mesmo período – de 12%, em 2001, para 14,4%, em 2010, segundo dados do próprio Ministério da Educação (MEC). Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE) 2001-2010, o governo federal pretendia chegar a 30%.
Como não conseguiu atingir nem metade da porcentagem, o novo PNE, que faz previsões para a próxima década, resolveu repetir a meta. Agora, espera-se atingir 33% de jovens matriculados no ensino superior. Só que o prazo se estendeu até 2020. “Quando observamos esses números, percebemos que ainda estamos engatinhando”, constata Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação e conselheiro do movimento Todos pela Educação. “O México e o Chile têm de 30% a 40% dos jovens no ensino superior. Na União Europeia, o número salta para 70%”. A informação ajuda a explicar por que – apesar da chiadeira do governo federal – o Brasil continua na 84ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
A classe C - Para Ramos, a baixa qualidade dos ensinos fundamental e médio é uma das explicações para o reduzido número de jovens brasileiros matriculados em universidades. Quando entram na universidade, muitos estão despreparados para acompanhar as aulas e desistem facilmente. Em março deste ano, numa entrevista ao site de VEJA, Eduardo Alcalay, diretor-presidente da Universidade Estácio de Sá, contou que a faculdade implantou aulas de reforço escolar de português e matemática para tentar mudar tal realidade. Na mesma época, Heitor Pinto Filho, então reitor da Uniban, revelou que a taxa de evasão chegava a 15% no primeiro ano – justamente porque as aulas mais complexas eram incompreensíveis para alguns alunos.
Além do déficit de aprendizado, as desistências no meio do curso universitário são causadas por dificuldades financeiras e pelo próprio perfil do estudante da classe C – público alvo das grandes universidades privadas do país. “Nosso estudante padrão vem de uma classe social baixa e frequenta o curso noturno, depois de ficar o dia inteiro no trabalho”, informou Pinto Filho. “A família desse aluno sai de uma categoria D e vai para uma B justamente por causa desse estudante. Na maioria das vezes, ele é a primeira pessoa a conseguir fazer uma faculdade naquela casa”. Alcalay resume o objetivo das dessas instituições de ensino: “O que queremos é que o aluno chegue aqui como um office boy que ganha 1.000 reais por mês e saia um analista contábil ganhando 3 mil reais”.


Presencial X à distância - O perfil desse novo estudante universitário é exposto no censo 2010. Na última década, as matrículas em cursos noturnos, por exemplo, passaram a representar 63,5% do total – contra 56,1% em 2000. Nas instituições privadas, elas correspondem a 72,8% das matrículas. Embora se note um certo imobilismo no universo de estudantes matriculados em cursos universitários presenciais, aumentou consideravelmente a procura por cursos tecnológicos e a distância. Em 2001, os cursos tecnológicos registravam 69.797 matrículas. Em 2010, o número saltou para 781.609.
Hoje, a modalidade não-presencial representa mais de 14% dos estudantes do ensino superior. Segundo o censo, a faixa etária média desses alunos é de 33 anos (contra 26 do ensino presencial). Isso significa que um contingente significativo não teve chances de ingressar numa faculdade na idade adequada. A procura também é explicada pela flexibilidade de horários, uma vez que muitos já estão inseridos no mercado de trabalho.


“O Brasil se tornou economicamente mais competitivo”, explica Célio Cunha, professor do programa de doutorado na área de educação da Universidade de Brasília (UnB). “Isso explica o aumento na procura por cursos tecnológicos, que têm como função diminuir a carência de mão de obra especializada”. Embora elogie o aumento dos cursos a distância, “uma tendência mundial”, Cunha adverte: “É preciso que eles sejam avaliados com mão firme, para que possamos garantir a qualidade”.
Outro ponto levantado pelo censo é que a participação percentual no número de matrículas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste aumentou de 2001 para 2010. Em contrapartida, houve um decréscimo da participação das regiões Sudeste e Sul. Enquanto o volume de nordestinos matriculados em universidades representava 15,2% do total do país há uma década, em 2010 foi de 19,3%. Os universitários do Sudeste eram 51,7% em 2001. Em 2010, 48,7%. As mulheres continuam em maioria: 56,3% em 2001 e, 10 anos depois, 57%.


O docente - Tanto Cunha quanto Ramos acreditam que a qualidade do ensino fundamental e médio e, consequentemente, a do superior, só será alcançada com a valorização do corpo docente. “A escola tornou-se desinteressante, os currículos estão defasados”, argumenta Cunha. Ramos afirma que o magistério precisa se tornar uma carreira atraente, o único caminho para se formar bons professores.
Ex-secretário da educação de Pernambuco, Ramos insiste numa questão que considera fundamental. “É preciso saber que faculdades diferentes têm missões diferentes”, compara. “Não é necessário que todas as universidades tenham a excelência em pesquisa de uma USP tem. Uma instituição localizada no interior do Nordeste pode, por exemplo, formar professores para trabalharem naquela zona. Isso não a desmerece”. É por isso, insiste, que deveria haver avaliações diferentes para universidades públicas e privadas, ou mesmo para as diferentes regiões brasileiras.
De acordo com Ramos, o s 33% pretendidos pelo PNE só serão alcançados com essas três mudanças básicas: maior qualidade dos ensinos fundamental e médio, qualificação do corpo docente e avalições diferenciadas para as várias universidades. Quem sabe assim as estatísticas se aproximarão um pouco mais da verdade.


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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um novo apartheid?

O Brasil é um país mestiço. Única experiência de mistura de várias populações em todo o mundo.Os adeptos da ideologia AFRO querem empurrar de goela abaixo seus traumas, fobias e sua incapacidade de perceber que não existem raças, todavia,populações que possuem cor da pele diferentes além de outros traços físicos.
Como diria o antropólogo Darci Ribeiro “Somos uma experiência única no mundo”.Em junho de 2010,os ideólogos racistas pressionaram e conseguiram aprovar- em rito sumário - a primeira lei racial da história do Brasil.Um novo apartheid?
Querem implantar no Brasil uma espécie de apartheid entre brancos e negros. Usam a cor da pele para privilegiar um grupo populacional sem base legal ou científica. A Constituição Federal no seu artigo 5º assegura a igualdade entre todos os brasileiros.Cabe ao Supremo Tribunal Federal invalidar a única lei racial da República.Uma excrescência introduzida por racialistas de plantão no imaginário popular através de ONGs e movimentos que tungam o dinheiro público para promover a desigualdade entre os iguais.
Veja a reportagem abaixo:

A importância do mito da democracia racial no Brasil


A força da lenda fez com que jamais se tolerasse neste país qualquer tipo de limitação de direitos baseado na cor da pele.

Por Roberta Fragoso Kaufmann

Ainda que se discorde tanto da existência da democracia racial, como do homem cordial no Brasil, não se pode negar a importância da fixação desses mitos. A importância do mito da democracia racial no Brasil tem valor à medida que serve  para fixar a expectativa de conduta a ser seguida pelo homem médio que compõe a sociedade. O mito, então, funciona como um desejo da sociedade sobre algo a ser concretizado, e não simplesmente como uma mentira.

No Brasil, diferentemente do que aconteceu em outros países racialistas, a força do mito da democracia racial fez com que jamais se tolerasse neste país qualquer tipo de limitação de direitos baseado na cor da pele. Não há qualquer proibição de que os negros dividam com os brancos a vizinhança em prédios luxuosos ou, então, que compartilhem da pobreza nas favelas. Essa, talvez, seja uma das funções do mito: incentivar, no imaginário social, a intolerância geral à discriminação.

Manifestações isoladas de preconceito e de discriminação, por outro lado, sempre existirão, em qualquer sociedade, porque não se pode dominar a esfera do pensamento individual. Mas as leis e os costumes sociais no Brasil já agem incessantemente para impedir que o preconceito se propague e se transforme em discriminação ou racismo. O mito serve como freio na conduta humana, fixando o paradigma do comportamento que se espera do homem médio e o modelo da atitude e das reações que devem ser tomadas e seguidas.

Desse modo, atribuir toda a culpa das desigualdades sociais sofridas pelo negro ao preconceito e à discriminação é uma redução simplista do problema. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação no país não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada, na qual os valores nacionais em grande parte se identificam com os valores da comunidade negra. E, sobretudo, não serviram de impedimento para que muitos pardos e pretos conseguissem alcançar postos de destaque nos mais amplos espectros sociais, como na política, na magistratura, na universidade, nos esportes e nas artes. Não é à toa que já tivemos o nosso primeiro presidente negro no Brasil, Nilo Peçanha, no ano de 1909, exatos cem anos antes da eleição do Barack Obama.

Cultura da miscigenação

No Brasil, a existência de valores nacionais, comuns a todas as cores parece quebrar o estigma da classificação racial maniqueísta. Encontram-se elementos da cultura africana em praticamente todos os ícones do orgulho nacional, seja na identidade que o brasileiro possui, seja na imagem do país difundida no exterior, como samba, carnaval, futebol, capoeira, pagode, chorinho, mulata e molejo.  Por não ter havido a separação das pessoas por causa da cor, foi possível criar um sentimento de nação que não distingue a cultura própria dos brancos da cultura dos negros. A unidade do Brasil não depende da pureza das raças, mas antes da lealdade de todas elas a certos valores essencialmente brasileiros, de importância comum a todos.

Assim, o problema da relativa falta de integração do negro às camadas sociais mais elevadas pode ser resolvido no Brasil sem que desperte manifestações de ódio racial extremado ou violento. Isso somente se torna possível porque, no âmbito social, a nossa comunidade foi capaz de se desenvolver a partir da interpenetração das culturas as mais diversas e, na esfera biológica, houve uma forte miscigenação entre os grupos de todas as cores. Tentar implementar ações afirmativas em que a raça seja o único critério levado em consideração poderá, de alguma forma, afetar esse relativo equilíbrio existente no Brasil e, em vez de promover a inserção dos negros, criar esferas sociais apartadas, daqueles que são/foram beneficiados pelas medidas e dos que não são/não foram.

Cotas raciais: Brasil vs. EUA

Não podemos incidir no erro de querer mitigar as diferenças entre o Brasil e os Estados Unidos. Muitos autores que escreveram sobre as ações afirmativas procuram destacar que as diferenças entre os países residem tão-somente na forma de encarar o problema: os Estados Unidos fizeram a opção por não usar de subterfúgios, atacando diretamente a questão, enquanto que, no Brasil, aparentemente não se discute o tema e, portanto, se difunde a ideia de que vivemos em um paraíso racial.

O raciocínio realizado é sofístico e válido apenas superficialmente. As diferenças existem, são muitas, e por isso ensejam formas diferentes de encarar a realidade. O fato de em ambos existir preconceito e discriminação não significa que a origem do preconceito esteja no mesmo fato: a ancestralidade africana. No Brasil, muitas vezes a ascendência africana pode ser suavizada, outras vezes esquecida, seja por questões econômicas — a assertiva de que no Brasil negro rico vira branco e pobre branco vira negro — seja pelo fenótipo apresentado — a chamada válvula de escape do mulato.

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Mapeamento das nascentes dos rios de Vilhena





Alunos do ensino médio matutino da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Zilda da Frota Uchôa,professores de diversas disciplinas e colaboradores estão desenvolvendo um projeto científico que objetiva realizar o mapeamento das nascentes dos rios que têm sua origem em Vilhena -Rondônia (Chapada dos Parecis) e das áreas de preservação permanentes do seu entorno.
A abordagem tem cunho interdisciplinar.Cada equipe trabalha sob a coordenação de um professor (a) fotografando, filmando, colhendo amostras da fauna (insetos), flora (vegetais, flores frutos, sementes), solo  e/ou registrando a presença das espécies presentes na  área em estudo. A localização precisa de cada nascente estudada é realizada com a utilização de equipamento de GPS para o registro das coordenadas geográficas.
Cada expedição é previamente agendada para que todas as equipes possam participar em dia e hora marcados.
São parceiros no projeto a Prefeitura Municipal de Vilhena – que fornece o transporte dos alunos até o local do evento; o SAAE – Serviço Autônomo de Águas e Esgotos com a coleta e análise das águas das nascentes e dos reservatórios.São realizadas análises físico-química e bacteriológica para dar embasamento científico à pesquisa de campo realizada pelos alunos do projeto.O Corpo de Bombeiros de Rondônia, Unidade de Vilhena - participa com uma viatura prestando todo apoio aos trabalhos desenvolvidos pela expedição.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A mulher que mudou Cuba



Expresso o meu respeito e minha admiração a uma mulher corajosa.
O amor e a dedicação à família falaram mais alto do que a ideologia política.A tirania do regime cubano não consegui calar a voz de Laura Pollán. A falha no atendimento médico desfechou um golpe fatal contra a Dama de Branco que liderava a luta pela liberdade na ilha.Minhas condolências à família enlutada.Para as Damas de Branco de Cuba: Continuem a luta!!Hasta la vitória!!

O texto abaixo foi publicado no Jornal O Estado de São Paulo, terça-feira, 19.10.2011 por

Yoani Sánchez
Oito anos atrás, Laura Pollán era uma professora escolar que morava com o marido, Hector Maseda, líder do Partido Liberal Cubano, ilegal na ilha caribenha. A família tentava levar uma vida normal na pequena casa na Rua Netuno, em Havana.
Numa certa alvorada, batidas na porta mudaram a vida do casal. Depois de uma longa revista e um julgamento sumário, Maseda foi detido e sentenciado a 20 anos de prisão, acusado de agir contra a segurança nacional. O crime: imaginar uma Cuba diferente, opor-se politicamente às autoridades e expressar tais opiniões por escrito.
Setenta e cinco membros da oposição foram detidos e condenados naquele março de 2003, época marcada na história cubana como a Primavera Negra. O governo esperava que esse golpe convencesse cidadãos descontentes a abandonar as fileiras dos manifestantes. Acreditava também que mulheres, mães e filhas dos prisioneiros políticos permaneceriam caladas.
Assim nasceram as Damas de Branco, grupo de mulheres que, por meio da luta pacífica, exigiu e conseguiu a libertação de todos os prisioneiros de consciência. No início, o movimento pareceu pequeno e desorganizado, levando-se em consideração os quilômetros de distância que separavam uma mulher da outra. Mas a indignação delas funcionou como elemento unificador, e suas marchas pelas ruas de Havana, vestidas de branco e carregando um gladíolo, se seguiram domingo após domingo por mais de sete anos. Uma voz se destacou entre elas: a de uma mulher de baixa estatura e olhos azuis que lecionava espanhol e literatura a adolescentes.
Laura Pollán estava se firmando como porta-voz e líder das Damas de Branco, dedicadas à defesa dos direitos humanos e à libertação dos seus entes queridos. Num país movido pela polarização do discurso ideológico, elas se mostravam diferentes. Não optaram por se organizar em torno de uma doutrina, mas sim da inatacável posição da afeição familiar. Assim conquistaram a simpatia de muitos na ilha. Provocaram as autoridades, que deram início a uma campanha de insultos contra elas.
Se houve um grupo que a mídia cubana difamou além dos limites do crível, foi o das Damas de Branco. O regime lançou uma espécie de guerra midiática. “Comícios de repúdio” – ônibus lotados de manifestantes “espontâneos” convocados para berrar insultos e até para agredir – fizeram da porta da frente de Laura Pollán seu altar principal.
Jornalistas oficiais as chamavam de “Damas de Verde”, alusão ao apoio econômico recebido dos cubanos no exílio para que pudessem levar comida aos maridos aprisionados. O governo hesitou em recorrer aos cofres públicos para financiar ataques políticos. Parte do dinheiro – que poderia ser usado para alimentar os cubanos – foi gasto arrancando das mãos dessas mulheres necessitadas cada centavo que chegava a elas.
A imprensa nacional continuou a difamar Laura até no dia 7 de outubro, quando ela deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de Havana para tratar de dores nos ossos, falta de ar e fraqueza extrema.
Levando-se em consideração a gravidade do estado dela, funcionários do governo pediram à família que a paciente fosse transferida para uma clínica de luxo reservada aos militares. “Quero ficar no hospital do povo”, disse ela. Morreu sexta-feira, depois de um atraso de cinco dias até a conclusão do diagnóstico, dengue, num país que há meses sofre com uma epidemia forte da doença.
O Granma, jornal oficial do Partido Comunista, se manteve em silêncio – como todos os jornais das províncias. O regime Castro nunca foi capaz de fazer uma breve pausa na sua beligerância, de oferecer condolências. Esse silêncio também emana do medo em relação à pequena professora de espanhol, medo que faz o governo engolir em seco. A líder das Damas de Branco está morta, e ninguém em Cuba poderá carregar um gladíolo nas mãos sem pensar em Laura Pollán.