segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Homem



Alguém já disse que o ser humano é um estranho ímpar. Somos todos únicos com nossos detalhes, traumas, fobias defeitos e virtudes. Ao longo da vida procuramos conhecer a nós mesmos, mas não conseguimos alcançar a profundidade e a magnitude do que somos neste universo. Às vezes ficamos a nos perguntar: De onde vim? Para onde Vou? Qual é o real sentido da vida? A singularidade do que somos nos permite refletir e concluir que fomos criados com um fim específico e grandioso. Quando Deus criou o Homem já existiam anjos, arcanjos, querubins e serafins.Todavia nenhum desses seres angelicais e grandes em poder se assemelha ao Homem.O Homem é o único ser no universo que possui a imagem e a semelhança do Criador. O que o Criador reserva para Homem, obra das suas mãos, os anjos desejam saber.


Numa reflexão sobre o homem em seu conflito de identidade, Andreews Knowles expressa de maneira poética a possível resposta que o homem pode dar a si mesmo, numa perspectiva filosófica, científica e judaico-cristã:


Eu sou um mistério. Acordo de manhã. Verifico que sou o único ocupante de um corpo complexo, sensível extremamente útil. Sou também um orgulhoso proprietário de um cérebro complicado, cheio de imaginação e pleno de possibilidades. Tudo que me diz respeito é único: meu rosto, as minhas impressões digitais, o meu ego.


Eu estou vivo. Desenvolvo-me. Cresço. Acontece o mesmo com uma planta. Mas eu sou mais que uma planta. Os vegetais não se apaixonam, nem lêem jornais, nem vão para férias...


Eu sou um corpo com um cérebro: um animal. Mas eu sou mais que um animal. Os animais não perscrutam os céus através de um telescópio, nem enviam cartões de parabéns, nem jogam xadrez, nem cozinham...


O químico diz que eu sou formado principalmente de água, que contenho certas quantidades de carbono, cálcio e sal.


O biólogo classifica-me como Homo Sapiens – uma espécie da subfamília Homininae classificada entre os Primatas...


O astrônomo diz-me que sou um ponto na face dum planeta de tamanho médio, que gira em torno de uma estrela de meia idade. A estrela, o nosso Sol, é apenas uma entre os bilhões e bilhões de estrelas num universo com dezessete bilhões de anos.


Sinto-me pequeno e só.


Sou realmente mera coincidência, sem rumo num acidente cósmico sem qualquer significado, sem direção alguma?


É verdade que eu tenho uma dimensão que falta aos animais e as plantas. Afinal de contas, uma cenoura não tem consciência do tamanho de Júpiter. Uma vaca não se interessa pela velocidade da luz.


Mas eu sou de uma classe diferente. Eu observo e aprecio. Eu crio e escolho. Eu estou consciente. Eu critico. Às vezes critico a mim mesmo.


Sou diferente. Sou h u m a n i d a d e. De fato a Bíblia diz que tenho a semelhança de Deus.


A Bíblia diz-me que sou como Deus; que existo, em parte, da mesma maneira que Deus existe, que sou consciente em alguns aspectos em que Deus é consciente.


E embora não o possa provar, a idéia de que fui feito à imagem de Deus faz mais sentido do que todos os pontos de vistas juntos. Na verdade, isso me ajuda a reunir e entender os outros pontos de vista e a vê-los a eles e a mim próprio como um todo.


Sou uma pessoa criada por Deus, única no universo inteiro e em toda história e eu sei disso!


Vários termos são empregados para descrever o homem em sua relação com seu ambiente, e na estrutura do seu próprio ser. As palavras: e s p í r i t o (gr. pneuma), alma ( gr. psyche) e corpo (gr. sarx) são usadas de conformidade com os diferentes aspectos da atividade do ser do homem, que tem a intenção de salientar, todavia não precisam ser consideradas como descrição de partes separadas ou separáveis, que contribuem para formação do homem. O emprego da palavra “alma” pode salientar sua individualidade e vitalidade com ênfase sobre sua vida, sentimentos íntimos e sua vida pessoal. O uso do vocábulo “corpo” pode salientar as associações históricas e externas que afetam a sua vida. Mas a alma é, e deve ser, a alma do seu corpo, e vice-versa. Deus é Espírito e o homem tem espírito, meio pelo qual se comunica. O homem como “carne” é o homem em sua ligação com o reino da natureza e com a humanidade como um todo, tanto no aspecto da fraqueza como em sua pecaminosidade e oposição contra Deus.


Eu sou HOMEM: (Homo Sapiens) é uma espécie da sub-família Homininae da super-família Hominoidea da sub-ordem Simiae (ou Antropoidea) da ordem dos Primatas da infra-classe Eutéria da sub-classe Téria da classe Mammalia do sub-phylum Vertebrata (Craniata) do phylum Chordata do sub-reino metazoa do reino animal.( Guinness Book of Records)


O homem é o único animal que cora – e o único animal que precisa corar ( Mark Twain)


Eu fui formado de modo impressionante e maravilhoso. O Salmista).


Se ouvires dizer que uma montanha mudou de lugar, acredites; mas se ouvires que um homem mudou sua natureza, não o creias. (Provérbio muçulmano) “(1)”.


Dimas Cunha


Licenciado em Geografia pela Universidade de Pernambuco, Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior pela Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro – RJ. Professor do Ensino Fundamental e Médio da rede pública do Estado de Rondônia.



BIBLIOGRAFIA


NEE, Watcman ( 1990) , A Superior Aliança, São Paulo, Vida.


BUBECK, Mark (1993), O Adversário, São Paulo, Vida Nova.


NICHOLS,Robert Hastings, História da Igreja Cristã, São Paulo, Presbiteriana.


SILVA, Valberto (2000), Antropologia e Revelações Bíblicas, São Paulo, Fater.


SILVA, Valberto (2001), Como Fazer Teologia nos Dias de Hoje?, São Paulo, Fater.


BÍBLIA, Novo Dicionário da (1985), São Paulo, Vida Nova.


HOFF, Paul(1996), O Pentateuco, São Paulo, Vida.


REFRÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


(1) KNOWLES, Andrew (1985) p. 08 e 09, A descoberta da Fé, São Paulo, ABU.









quinta-feira, 9 de junho de 2011

Monarquia absolutista

Supremo ignora a ordem jurídica vigente e curva-se à decisão pessoal do ex-presidente Luis Inácio da Silva.
No âmbito internacional as nações do mundo firmam acordos bilaterais para estabelecer regras e parâmetros para suas relações. Os acordos são instrumentos indispensáveis entre nações amigas que buscam a cooperação para o seu crescimento e desenvolvimento, objetivando o bem comum. Podem ser de natureza econômica, comercial , tecnológica, cultural,etc.Um tratado de extradição firmado entre duas nações passa a ser incorporado à ordem jurídica dos países envolvidos.Este é o caso do Tratado de Extradição Brasil Itália assinado pelo governo brasileiro em 1992.
A decisão do STF de por em liberdade um criminoso condenado pela justiça italiana em todas as instâncias, ocorrida em 08.06.2011, expõe de maneira clara a decisão política e ideológica dos membros suprema corte de justiça do país. A mesma Corte de justiça que recomendara- ao então presidente Luís Inácio da Silva - a imediata extradição do ex-terrorista, curvou-se ao seu arbítrio em decisão lamentável.Ocupando a tribuna do senado na tarde do dia 09.06.2011, o senador Pedro Taques PDT-MT lamentando a decisão do STF afirmou: “ o Brasil está se tornando um esconderijo de criminosos”,” um cafofo de criminosos e marginais”. Ao encerrar seu discurso o parlamentar disse: “Estamos vivendo o tempo do Executivo Imperial, onde o governo legisla através das MPs – Medidas Provisórias - e decide pelo Judiciário. Estamos próximos do Estado autoritário”.
Segundo o Art. 49 Inciso I da Constituição Federa,l um tratado de extradição passa a ser uma lei ordinária depois de assinado.O presidente da república violou a lei de extradição entre o Brasil e Itália ao negar a extradição do ex-terrorista italiano Cesare Battisti em 31.12.2010.O Supremo Tribunal Federal ratificou a violação do direito internacional praticada pelo então presidente.
A Ministra italiana da Juventude, Giorgia Meloni considerou a decisão do Brasil não extraditar o ex-terrorista Cesare Battisti de “ato indigno de Nação civilizada e democrática”
Essa quarta-feira foi um dia negro para a história “desse país”. Enquanto um ministro acusado de enriquecimento ilícito deixa o poder aplaudido de pé pelos presentes à posse da nova ministra da Casa Civil, inclusive pela “presidente” Dilma, do outro lado do Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes, no Supremo Tribunal Federal , seis ministros decidem pela não- extradição e libertação imediata de um criminoso condenado por quatro mortes e tentativas de assassinato.
“Nunca antes na história desse país...”

Dimas Cunha